Nos diversos seminários e palestras que tenho ministrado sobre o tema “criatividade e inovação profissional”, sempre faço uma sondagem através da pergunta “quem se julga uma pessoa criativa?”.
O percentual de respostas afirmativas é, geralmente, muito baixo.
Há um mito em torno da criatividade que nos leva a enxergar como criativos somente aqueles grandes gênios que se destacam ou se imortalizaram nas artes e nas ciências. Na realidade, muitos de nós acreditamos que não somos criativos.
Que motivos nos levaram a tal crença?
Herdamos alguns comportamentos padronizados e formamos um sistema de valores, baseados na educação dos nãos (“não faça isto”, “não faça aquilo”), perpetuada geração após geração. Crescemos cultivando o medo da crítica, o medo de errar.
Com um nível baixo de autoconfiança e auto-estima tendemos a não enfrentar aos desafios com criatividade.
Certamente há os grandes gênios. Porém, todos nós somos criativos, em níveis diferentes.
Podemos demonstrar nosso potencial de três maneiras:
1 – criatividade genial: expressa através das grandes invenções que modificam e melhoram a qualidade de vida de um grande número de pessoas, em qualquer área da atividade humana.
2 – criatividade autêntica: expressa através de inovações e melhorias nos sistemas que já existem. O fax e a internet, por exemplo, são criações autênticas que melhoraram as comunicações à distância.
3 – criatividade cotidiana: expressa nas pequenas ações do dia a dia, quando nos deparamos com problemas e os resolvemos de forma original. Uma dona de casa que recebe visitas de última hora e aproveita as sobras do almoço para preparar um delicioso quitute, está sendo criativa. Uma família que resolve seus problemas de caixa através de um replanejamento financeiro está usando a criatividade. Um empregado com salário defasado que busca outra alternativa de aumentar seus ganhos também pode ser considerado criativo.
Criatividade é ação
É importante ressaltar que estamos em plena era da criatividade.
No momento em que a aquisição de tecnologias de ponta está cada dia mais acessível devido à globalização e à facilidade de acesso à informação; o conhecimento democratizado pela internet e outros veículos à distância e a concorrência em graus elevadíssimos, permanecerá no mercado aquela empresa e aquele profissional que estabelecer vantagem competitiva sobre as outras.
Colocar novas ideias em ação e oferecer produtos e serviços diferenciados são as novas exigências de mercado.
Hoje, a criatividade e a inovação profissional fazem a diferença.
Os dez hábitos das pessoas criativas:
1 – Curiosidade: cultivar o hábito de ler, viajar, estabelecer redes de contatos, utilizar as tecnologias disponíveis para pesquisa.
2 – Ousadia: correr riscos calculados, inovar, sair do padrão, fazer acontecer, superar o medo de errar e aprender com os erros (próprios e dos outros).
3 – Questionamento: capacidade para substituir a pergunta “por quê?” pela indagação “por que não?“
4 – Inconformismo: atitude constante de busca; certeza que algo mais vai acontecer e que nada é definitivo.
5 – Visão de Futuro: habilidade para descortinar cenários e perceber tendências. Ser o arquiteto de seu próprio destino.
6 – Persistência: capacidade de superar fracassos e começar de novo.
7 – Flexibilidade: habilidade para exercer papéis aparentemente opostos: liderar e ser liderado, ensinar e aprender com o outro. Estar em constante processo de mudança.
8 – Imaginação: sonhar com o futuro, formar imagens mentais, perseguir os sonhos transformando-os em metas.
9 – Ludicidade: cultivar o bom humor, brincar e se divertir com ideias.
10 – Visão Sistêmica: facilidade para ver e compreender os fenômenos como um todo, porém percebendo detalhes e partes.
Se você quer entrar para o rol dos profissionais criativos, que tal observar estes dez hábitos e incorporá-los em seu cotidiano?
Por Maria Rita Gramigna
Fonte: http://www.rh.com.br/portalcriatividade
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Fonte: texto fornecido pelo Supremo em Dia
