Em homenagem ao Dia Internacional das Mulheres, comemorado na quinta-feira (8/3), a corregedora Nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon, participou do programa Mais Você, da Rede Globo, apresentado ao vivo por Ana Maria Braga. A ministra, de 66 anos, contou parte de sua trajetória profissional, falou sobre seu cargo no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e revelou um de seus hobbies – a culinária.
Em 2004, a magistrada baiana publicou um livro de receitas cuja renda vem sendo revertida à creche Vovó Zoraide, em Brasília. “São pratos simples, práticos; hoje não temos tempo; trabalhamos fora”, disse Eliana Calmon, que foi presenteada pelo programa com uma de suas receitas favoritas – torta mousse de chocolate.
Questionada sobre a dificuldade em exercer o posto de corregedora nacional de Justiça, a ministra explicou que o papel do corregedor é de orientar e melhorar as práticas na magistratura. Mas, que ainda “há quem veja a Corregedoria como um órgão de punição”. Eliana, que é ministra do STJ (Superior Tribunal de Justiça) desde 1999, terminou sua participação no programa elogiando a entrada das mulheres jovens na magistratura. “Admiro o entusiasmo delas”, disse a ministra, que se formou em Direito em 1968.
“Naquela época, poucas mulheres seguiam a carreira propriamente dita; iam para o magistério. Seguir uma carreira pública, na magistratura, na promotoria, na defensoria, é um grande avanço”, afirmou a ministra. Recentemente, a ministra já havia elogiado o crescimento do número de mulheres em cargos públicos.
“Estamos perdendo o ranço do país subdesenvolvido”, disse. O número de ministras nos tribunais superiores atualmente chega a 18%, segundo dados dos próprios tribunais. Ao final da entrevista, Eliana Calmon afirmou que – ao longo de sua vida – não precisou abdicar de nenhum de seus princípios para exercer cargos elevados na carreira. “Sempre fui transparente. E cheguei ao meu cargo sendo muito fiel aos meus princípios. Podemos, sim, ser transparentes. E isso não nos impede de chegar onde queremos”, finalizou.
Regina Bandeira
Agência CNJ de Notícias
