Sujeito indeterminado é aquele em que o verbo – sempre na terceira pessoa – não se refere a uma pessoa determinada, marcada nas frases anteriores ou posteriores, ou por se desconhecer quem executa a ação, ou por não haver interesse no seu conhecimento.
A língua portuguesa procede de três maneiras na construção de orações com sujeito indeterminado. Nesta edição, falaremos apenas daquela que trata do verbo na 3.ª pessoa do plural sem referência a nenhum termo que, anterior ou seguinte, lhe sirva de sujeito.
Vejamos:
- O chefe fala: Joaquim, como você não sabia que não poderia fazer isso? Nunca me disseram isso, responde ele.
- O delegado de polícia pergunta ao escrivão: Onde puseram o sujeito?
- Contaram-me, quando estudei este assunto, que não é fácil identificar o sujeito indeterminado.
Atenção: nem sempre um verbo que esteja na 3.ª pessoa do plural tem sujeito indeterminado. Pode acontecer de o sujeito ser eles/elas. Somente o contexto sintático-semântico é que determina a classificação do sujeito de formas verbais na 3.ª pessoa do plural. Exemplo: Muitos populares participaram do enterro de Hebe Camargo, cheios de emoção. Nem o cordão de isolamento impediu que avançassem em direção ao jazigo. Quem avançou? Eles. Quem é eles? Muitos populares.
Carmem Menezes/Deusirene Amorim
Fonte: http://www.filologia.org.br/xiv_cnlf/tomo_2/1299-1317.pdf
