O que seria do trabalho sem o cafezinho nosso de cada dia? Difícil responder. Prova disso é que o Brasil é o maior produtor e exportador de café do mundo, e o brasileiro, um dos maiores consumidores da bebida.
Os funcionários do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) da 514 Norte não fogem à regra e contam com duas copas, uma no térreo e outra no primeiro andar, que funcionam de segunda a sexta-feira a partir das 7 horas.
De acordo com a copeira Maria das Graças do Nascimento Andrade, são consumidos diariamente quatro quilos de café e seis de açúcar, que ganha do adoçante na preferência dos apreciadores do cafezinho.
Além de preparar café, Maria das Graças, que trabalha há quase três anos no órgão, cuida dos utensílios e da limpeza da copa, também arruma as bandejas e lava a louça. Uma novidade do serviço é o uso de xícaras de porcelana no lugar dos copos descartáveis, uma contribuição do CNJ para a preservação do meio ambiente.
Paixão Nacional – O garçom João Carvalho Neto já está há quatro anos no órgão e afirma que os homens consomem mais café que as mulheres. Para Neto, uma das vantagens de trabalhar na copa é a possibilidade de interagir com pessoas de todos os setores, oferecendo, além do cafezinho, um bom ouvido amigo em algumas ocasiões.
Muitas polêmicas envolvem o café. É vilão, acusado de causar gastrite, insônia, refluxo gastroesofágico, alterações vocais e laríngeas e doenças cardíacas, como aumento do número de infartos e da pressão arterial sistêmica. Também é mocinho, pois melhora o rendimento físico e intelectual, as funções cognitivas (memória, linguagem, capacidade de aprendizado) e está relacionado à prevenção de Alzheimer.
Apesar das controvérsias que envolvem os benefícios e malefícios do café, o fato é: junto com o futebol e o Carnaval, o cheirinho da bebida é, seguramente, uma paixão nacional.
Monalisa Silva
