Quantas vezes tivemos a sensação de aquele dinheiro que acabamos de receber simplesmente sumiu de um dia para o outro da nossa conta bancária como em um passe de mágica? Por que será que a sua conta bancária acaba sorrindo somente em um dia do mês?
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Uma das razões, com certeza, está na falta de planejamento financeiro. Para isso, devemos estar atentos aos gastos imperceptíveis, que são as pequenas despesas que acabam influenciando o nosso orçamento doméstico.
Lembre-se de que não tropeçamos em uma montanha e sim em pequenas pedras ou cascalhos! Devemos começar a colocar a casa em ordem pelas contas básicas, estimando um valor de gasto mensal para a água, a luz, o telefone, o aluguel, a mensalidade escolar, a academia, o plano de saúde, a empregada doméstica e o lazer, por exemplo. |
Em uma segunda etapa, verifique outros gastos imperceptíveis como “aquelas contas” abertas em estabelecimentos comerciais, como as lanchonetes, os barzinhos, as farmácias ou padarias.
Quando deixamos para pagá-las no final de cada mês, elas acabam consumindo boa parte de nosso salário. Muitas vezes, pelo simples comodismo de não nos deslocarmos até um caixa eletrônico ou a um banco para a retirada do dinheiro e o pagamento das contas.
É a mesma coisa com o cartão de crédito que traz facilidades. O dinheiro de plástico, juntamente com as contas, pode resultar em grandes dores de cabeça, quando utilizado de maneira descontrolada. Só percebemos o tamanho do buraco no nosso orçamento quando recebemos a fatura.
Evite se perder com cheques pré-datados, como os famosos “cheques-atleta”, aqueles que passamos e, quando é compensado, saímos correndo para ver como conseguir cobrir a conta bancária.
Mais complicado ainda é ter de emprestar recursos de terceiros. Hoje, os empréstimos custam muito caro. Os juros de um cheque especial, por exemplo, giram em torno dos 8% ao mês ou 152% ao ano. Com certeza, sua renda não cresce nessa proporção astronômica.
Para manter o controle sobre suas contas e, assim, fazer sobrar um pouco mais de dinheiro no final do mês, estipule um valor de gasto diário e anote numa cadernetinha de bolso, sem vergonha ou inibições, comparando com o seu saldo bancário. Depois, transfira-as para uma planilha de orçamento doméstico para acompanhar com mais cuidado as despesas, sem comprometer a renda mensal.
O acompanhamento de seu orçamento doméstico deve ser diário, com avaliações mensais. A atividade deve se tornar um hábito que criará em você uma saudável disciplina financeira e uma reserva mensal que, bem aplicada, poderá lhe ajudar em situações de emergência ou na realização de seus projetos de vida. É preciso plantar hoje aquilo que desejamos colher no futuro.
Por Rogério Nakata
Fonte: http://www.economiacomportamental.com.br
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A seção “Seu dinheiro” é uma ação de Educação Financeira que faz parte do Viva Bem – Programa de Qualidade de Vida no STF, com apoio da Astrife e patrocínio da Caixa Econômica Federal.
