Foto: Gil Ferreira
Nesta data, 30 de setembro, celebramos o Dia da Secretária. Hoje, conheceremos mais sobre uma das funcionárias mais antigas, nesse cargo, aqui no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Cristiane Ornelas trabalha na Secretaria de Comunicação Social há oito anos e 28 dias, frisa a secretária, que tem orgulho do que faz.
Cris Ornelas, como é conhecida, afirma que já trabalhou com oito secretários de comunicação, tendo começado sua jornada no anexo I, do STF. Hoje ela trabalha na 514 Norte. É estampada em seu rosto a alegria de fazer parte do corpo de funcionários do CNJ. Entre as várias histórias que já viveu, ela conta um episódio que a marcou.
Um dia, ainda na sede do STF, Cris Ornelas estava na Comunicação Social somente com um jornalista, que recém tinha começado a trabalhar no setor. Cedinho, por volta das 8h30, ambos ouviram em bom som (alto!) o Hino Nacional Brasileiro. Olharam-se estranhamente e questionaram o patriotismo um do outro. “Será que todo dia vai começar assim?”. Segundo ela, a vontade de rir foi quase incontrolável, até que o jornalista perguntou: “Cris, você tem certeza de que quer ouvir o Hino Nacional assim tão cedo e em volume compartilhado?”. Eles riram e perceberam que nem um nem outro era o autor do som. Pelo contrário, o Hino Nacional estava sendo testado no plenário, para a próxima Sessão Plenária. De acordo com ela, em sua sala, atrás da porta, tinha um botão que, quando acionado, transmitia o áudio das sessões do plenário. “Rimos bastante e abaixamos o volume”, disse ela nostálgica com o momento.
Todos nós temos histórias para contar. As pessoas que ocupam esse cargo, então, sempre têm algo novo para compartilhar. Mas o seu profissionalismo se destaca pela discrição quanto à vida do seu chefe. É importante que os secretários e as secretárias sejam confiáveis, atentos aos detalhes, organizados, entre outras habilidades.
História – O dia 30 de setembro foi escolhido como o dia da secretária em homenagem a Lílian Sholes, nascida nesse dia no ano de 1850, filha de Christopher Sholes, um dos inventores da máquina de escrever. Lílian testou o invento do pai e foi a primeira mulher a escrever em uma máquina em público.
Não há registros históricos que precisem uma data para o surgimento da profissão de secretário, mas estima-se ter sido no Egito 500 anos a.C. Os escribas, homens que dominavam a escrita, faziam contas, classificavam arquivos e redigiam ordens, podem ser considerados os antecessores do secretário. A palavra secretária tem origem no latim e deriva dos termos “secretarium”, lugar retirado, conselho privado; e “secreta”, particular, segredo.
Nos tempos bíblicos, vemos profetas no Velho Testamento, como também o apóstolo Paulo no Novo Testamento sendo assessorados por secretários, encarregados de registrarem as mensagens divinas. Na história recente da igreja, Ellen White também contava com o fiel trabalho de suas secretárias.
Durante a Idade Média, a função de secretário praticamente desapareceu em face das condições políticas, econômicas e sociais. Com o ressurgir do comércio na Idade Moderna, a função reaparece na Europa e nos Estados Unidos da América, passando a ser exercida pela mulher, a partir das duas grandes guerras mundiais, devido à escassez de mão de obra masculina, desviada para os campos de batalha.
A partir do século XXI exige-se da secretária o domínio da tecnologia, o empreendedorismo, o gerenciamento de tarefas diversificadas, a capacidade de trabalhar com equipe multiprofissional com ênfase no relacionamento interpessoal.
Kena Melo
Comunicação Interna