Entre as inúmeras atividades com as quais você fica envolvido durante todo o dia e parte da noite, qual é o momento em que dá uma parada, mesmo que rápida, para pensar em si mesmo? Se você pensou que isso ocorre antes de dormir, a resposta não valeu.
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Geralmente, o dia foi tão atribulado que esse não é o melhor momento para se cuidar. O corpo estará tenso, os pensamentos a todo o vapor e você dificilmente alcançará os benefícios de estar sozinho consigo.
Aliás, parar nem que seja por dez minutos e se concentrar em algo que faz bem parece, para muitos, uma perda de tempo. Pedir que alguém se desligue de tudo que precisa ser feito – que é aquietar a mente – por poucos minutos pode ser um martírio. |
Entretanto, muitos já se renderam aos benefícios da meditação, uma boa alternativa para desconectar-se do mundo exterior e concentrar-se apenas em si, seja para acalmar os pensamentos e ter condições de tomar decisões importantes com mais tranquilidade ou simplesmente experimentar um momento exclusivamente seu.
“Algumas pessoas podem ter a impressão de que quem medita está parado ou não está fazendo nada. Pelo contrário, meditar exige muita disciplina e, consequentemente, esforço.
Passamos muito tempo da vida cuidando do mundo externo, enquanto todos deveriam reservar um tempo do dia para o autocuidado, a higiene não só física, mas também mental”, explica o dr. Gilbert Bang, médico fisiatra do Centro de Reabilitação do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE).
Aquiete sua mente!
A meditação nada mais é do que um exercício de atenção concentrada, que pode ser realizado por qualquer pessoa, independentemente de idade, gênero ou crença. Cada tipo de técnica – e vale lembrar que há milhares – tem objetivos específicos. De qualquer forma, o foco é vivenciar o momento presente, o que por si só promove relaxamento e crescimento pessoal e espiritual.
No livro Medicina e Meditação: Um Médico Ensina a Meditar (MG Editores), o dr. Roberto Cardoso, médico e pesquisador da área de meditação na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), afirma que o objetivo da meditação é apenas observar, sem tentar dominar, julgar, comparar ou analisar os pensamentos. “Qualquer que seja a técnica de meditação utilizada, trata-se apenas de um caminho para driblar a mente e atingir o estado meditativo”, explica.
As técnicas meditativas podem ter como meio de concentração ritmo respiratório, sons, objetos, movimentos, visualização de imagens. “Não é preciso meditar apenas sentado, da forma clássica como a maioria das pessoas imagina. Há técnicas de meditação ativa, que podem ser realizadas andando”, explica o dr. Bang.
Durante a meditação, as ondas cerebrais de baixa frequência (alfa, teta e delta), que estão relacionadas ao estado de relaxamento, tomam conta do cérebro. Em contrapartida, as ondas beta, de alta frequência – que são relacionadas ao estado de vigília ou atividade normal -, aparecem em menor quantidade. Com o cérebro tomado por ondas de baixa frequência, o organismo todo desacelera: diminuem a frequência cardíaca, a pressão arterial e o ritmo respiratório.
Os efeitos da prática não são sentidos apenas de forma fisiológica. O lado emocional também é afetado de forma benéfica. Entre as sensações descritas por meditadores estão o relaxamento mental, a paz interior, a felicidade, a satisfação, a harmonia e a menor tendência a perder o controle diante de situações inusitadas.
Fonte Autorizada: Hospital Albert Einstein
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Matéria reproduzida do Supremo em Dia
