A Secretaria de Segurança do STF tem trabalhado para conter os casos de furtos no Tribunal. De acordo com o chefe da Seção de Missões Especializadas, Artur Olímpio Rodrigues Queiroz, quando os furtos ocorrem nos corredores e em outras áreas de circulação, o trabalho de investigação da autoria dos atos é mais ágil porque as áreas são cobertas por câmeras. Foi o que ocorreu recentemente, quando a Secretaria de Segurança apurou um caso de furtos de ímãs que ficavam fixados num mural no subsolo do Anexo II. Toda semana, quando os jornais eram substituídos, faltavam entre dois e quatro imãs. Por meio de imagens gravadas no circuito interno de TV, foi possível identificar os responsáveis.
De acordo com Artur Olímpio Rodrigues Queiroz, quando os casos ocorrem dentro de seções ou gabinetes, a tarefa é mais custosa: é preciso ouvir as pessoas que ali trabalham e fazer uma investigação detalhada. “Temos de investigar, saber quais pessoas entraram no recinto, para chegarmos ao autor.”
Ele explica que, se o responsável for funcionário terceirizado, a Segurança faz contato com a pessoa, com o gestor do contrato e também com um representante da empresa. Dessa forma, todos eles, inclusive o funcionário, passam a ter ciência da situação e das imagens que servem de prova. Em cada caso é originado um processo, e a Administração decide qual medida deve ser adotada: o funcionário pode ser devolvido à empresa ou a empresa pode ter de ressarcir o bem furtado, por exemplo. No caso dos imãs, os responsáveis foram devolvidos para a empresa e substituídos.
Se o autor for servidor, a Segurança também gera um processo, que é encaminhado para decisão da Administração.
Mais comuns
Nem rolos de papel higiênico escapam da lista de objetos furtados. Artur confirma que já houve casos de furtos desse tipo de material, mas os casos têm sido solucionados. Para evitar os furtos dentro dos banheiros, os papéis passaram a ficar protegidos por uma espécie de embalagem metálica .
Também são apurados os casos de furtos na área externa do STF, como os que já aconteceram no estacionamento do Panteão, local também conhecido como “bosque”. Mas, segundo Artur, apesar de algumas câmeras alcançarem esse lugar, “é difícil saber se quem entra no veículo é proprietário ou não”. Ele explica que a área não pertence ao Supremo, mas é frequentada por pessoas que trabalham aqui. Por isso, a Secretaria de Segurança vai instalar três câmeras novas em breve, para inibir o crime nesse local e facilitar a identificação dos culpados, caso haja novas ocorrências. Essa providências fazem parte do esforço da atual administração em incrementar a área de segurança institucional da Corte.
Artur destaca também que, apesar de haver uma câmera na entrada do restaurante, a responsabilidade por furtos ocorridos ali é do próprio estabelecimento. “A empresa apenas usa o local para prestar um serviço, portanto, a responsabilidade é do próprio restaurante.” O mesmo acontece nos bancos, que possuem monitoração por câmeras e alarmes próprios: caso alguém dê falta de pertences, deve procurar o próprio vigilante do banco.
Recomendações da Secretaria de Segurança
Para evitar que eventuais extravios de materiais particulares ou do Supremo ocorram, a Secretaria está estudando a melhor forma de divulgar algumas orientações ao público em geral, podendo ser citadas as seguintes:
– Durante a ausência da sala, não deixe objetos sobre as mesas, mesmo os de pequeno valor. Os gaveteiros devem permanecer fechados.
– Não deixe bolsas abertas sobre a mesa.
– Quando a sala estiver vazia, não deixe celulares ligados à tomada, para carregar bateria.
– Evite deixar objetos pessoais no local de trabalho durante o final de semana.
– Quem esqueceu pertences na sala deve retornar ao Tribunal para buscá-los. Basta explicar a situação aos funcionários da portaria; um vigilante acompanhará a pessoa até o local.
– Casos de extravio devem ser imediatamente informados à Seção de Missões Especializadas pelo ramal 3267.
