O que é melhor: fazer uma pós, um MBA ou um mestrado? Essa dúvida é comum entre os profissionais que querem aprofundar seus conhecimentos após a universidade, mas antes de decidir é preciso fazer um planejamento de carreira.
“As pessoas frequentemente se inscrevem em um curso sem saber se é o mais indicado para a sua vida profissional. Por exemplo, há funcionários de grandes empresas que fazem mestrado mesmo sem pretensão de seguir uma carreira acadêmica”, comenta Anna Cherubina, professora e coordenadora da área de gestão de pessoas da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Ela frisa ainda que a quantidade de certificados não é, hoje, o mais valorizado pelo mercado. “O importante é uma formação que seja atrelada à função do dia a dia, que permita a aplicação do que se aprende nas aulas no trabalho. É dessa forma que você desenvolve competências e consegue crescer profissionalmente, em vez de acumular mais um diploma na gaveta”, explica. A especialista, abaixo, fala sobre as opções de pós-graduação.
Extensão:
Os cursos de extensão são indicados para aqueles que estão nos últimos dois períodos da faculdade ou são recém-formados (até dois anos). “Há o curso de analista, que também é voltado para quem quer mudar de área. O programa dá uma visão sistêmica e prática do funcionamento de determinado departamento. É como uma simulação do dia a dia em uma empresa”, explica Anna Cherubina, professora e coordenadora da área de gestão de pessoas na FGV. Esse tipo de curso possibilita a atuação de profissionais como analistas em áreas como Finanças, Marketing e Vendas, ou RH.
Pós:
O curso de pós-graduação é indicado para aqueles que precisam se aperfeiçoar ou se atualizar em algum aspecto técnico-profissional do dia a dia de trabalho. O público-alvo são os profissionais formados há um ou dois anos. O curso lato sensu dá uma visão geral de determinada área e não exige experiência profissional.
MBA:
O MBA é voltado para as pessoas que estão no mercado de trabalho e têm um objetivo técnico-profissional específico. É interessante também pelo networking entre os participantes. “O MBA é o mais indicado para aqueles que estão no mercado de trabalho. Tem duração média de um ano e oito meses”, explica Cherubina. Os cursos lato sensu são, geralmente, voltados para a área gerencial e administrativa, mas há também programas focados em aspectos específicos, como finanças, recursos humanos, marketing e tecnologia da informação. Porém, o MBA exige cerca de três anos de atuação na área, para que o aluno tenha um melhor aproveitamento do curso. “O MBA de Gestão Empresarial é default, aplica-se aos profissionais de todas as áreas e todos os níveis. Eles aprendem a ter uma visão corporativa, o que ajuda também a abrir um negócio próprio”, exemplifica Cherubina.
Mestrado:
O mestrado acadêmico é indicado para quem quer seguir a carreira universitária, como professor ou pesquisador. O curso stricto sensu dura cerca de três anos e oferece o título de mestre. Já o mestrado profissional é voltado para aqueles que desejam aprofundar conhecimentos específicos de sua área de atuação, mas com foco no mercado de trabalho. O curso é menos teórico que o mestrado acadêmico, mas o diploma também confere o direito de atuar na carreira acadêmica. “Hoje as pessoas correm muito para o mestrado profissional, pois é mais flexível e tem carga horária menor”, avisa Cherubina.
Doutorado:
O curso de doutorado é voltado para a formação de pesquisadores, dedicados exclusivamente à vida acadêmica. Tem em média a duração de quatro ou cinco anos. Como o mestrado, o doutorado é um curso stricto sensu, e no trabalho de conclusão o aluno tem de defender uma tese provando seu ponto de vista. Para cursar um doutorado não é preciso ter feito o mestrado anteriormente, apesar de isso ser o mais comum.
Fonte: www.gnt.globo.com, com adaptações.
