
Novo mês, novo assunto. Em julho, esta coluna tratará de grafias e acentos. E prepare-se: a surpresa já está no forno! Logo, logo você ganhará algo muito bacana desta coluna!
Falando de grafia, vemos que do século XVI ao XIX Brasil e Portugal praticavam grafia de raiz etimológica. Aí, em 1907, a Academia Brasileira de Letras começa a simplificar a grafia, retirando consoantes dobradas, por exemplo. Em 1943 é redigida a primeira convenção ortográfica entre Brasil e Portugal. Como se vê, a ideia de unificar a grafia é bem antiga. Dois anos depois, um Acordo Ortográfico torna-se lei em Portugal, mas o governo brasileiro não o ratifica. De lá até 1990, as grafias foram sendo simplificadas e aproximadas e foram incluídos os países da CPLP. E, assim, se nada mudar, em 1º de janeiro de 2016, o Brasil passa a ter só uma grafia oficial, aquela determinada pelo Acordo Ortográfico de 1990.
Uma geração – 25 anos – se passou desde então. Tampo suficiente para que o 0,5% de mudança trazida pelo Acordo seja assimilado com tranquilidade. Se você acha que ainda tem o que ser mudado e quer participar, clique aqui e conheça o projeto Simplificando a Ortografia.
Se quiser estudar as mudanças, clique aqui.
Vamos às mudanças?
– O trema desaparece.
– O hífen some em palavras em que o prefixo e a palavra começam com vogais diferentes e quando a palavra começa com “r” ou “s”. Exemplos: “extraescolar, antissemita e contrarregra”. Mas aparece quando o prefixo e a palavra começam com a mesma vogal: “micro-ondas”.
– O acento diferencial desaparece em “pára, pêra, pólo, pêlo, péla”.
– O acento circunflexo desaparece em “voo, enjoo, leem, creem, veem, deem”.
– O acento agudo some nas oxítonas terminadas em “eia” e “oia” e nas paroxítonas terminadas em “i” e “u” tônicos, quando precedidos de ditongo. Exemplos: “ideia, jiboia, baiuca, feiura”.
Ficou com dúvida? Quer perguntar? Mande e-mail para dicasdeportugues@cnj.jus.br.
Uma semana certinha!
Carmem Menezes
Revisora de Texto da Secretaria de Comunicação Social
