Quando os elementos de um composto proveem de idiomas diferentes, a palavra se diz híbrida, como automóvel (do grego, autos, do latim, móbile). O hibridismo deve ser evitado sempre que possível.
Só é aceitável uma palavra híbrida:
a) Quando os elementos já existirem, isoladamente, e foram de largo uso no vernáculo: alcoômetro (árabe e grego), mineralogia (latim e grego), polivalente (grego e latim);
b) Quando um dos elementos, por ser muito usado em outros compostos, tiver perdido o caráter estrangeiro: sociologia (latim e grego), colorímetro (latim e grego), pluviômetro (latim e grego), televisão (grego e português);
c) Quando um dos elementos não puder de forma nenhuma ser trocado por ter sentido especial: burocracia (já chegou à língua portuguesa formado do francês: bureau, escritório, em francês, e cracia, governo, em grego); e
d) Quando de todo consagrada: centímetro (latim e grego).
ALMEIDA, Napoleão Mendes de. Gramática metódica de língua portuguesa. 44 ed. São Paulo: Saraiva, 1999, p.403-4.
Carmem Menezes
