Juntando as peças do quebra-cabeça

Semana passada, você relembrou termos estranhos como epiceno, comum de dois, flexão, gênero… E descobriu que a língua marca com palavras bem diferentes seres ou cores que são significativos para determinada comunidade. Para saber mais sobre como as cores são vistas pelos esquimós, clique aqui

 

Nesta semana, vamos sistematizar a definição de alguns termos, lembrando que, muitas vezes, não é simples agrupar os substantivos sob um termo só.

Substantivo concreto: designa os seres propriamente ditos;
Substantivo abstrato: designa noções, ações, estados e qualidades;
Substantivo próprio: determina um só indivíduo da espécie;
Substantivo comum: aplica-se a todos os seres da mesma espécie;
Substantivo coletivo: designa um conjunto de seres da mesma espécie e sempre ocorre no singular;
Flexão de número: singular – um só ser; plural – mais de um ser;
Flexão de gênero: masculino e feminino. O artigo “o” marca o masculino e o artigo feminino “a” marca o feminino;
Substantivo epiceno: possui um só gênero gramatical para designar tanto o animal do sexo masculino como o do sexo feminino;
Substantivo sobrecomum: tem um só gênero gramatical para designar pessoas de ambos os sexos;
Substantivo comum de dois gêneros: tem uma só forma para os dois gêneros, mas o artigo ou outro determinante marca o gênero em cada contexto específico.

Agora a tarefa é com você! Mande para dicasdeportugues@cnj.jus.br uma lista com um substantivo de exemplo para cada definição acima apresentada, de preferência em uma frase. Se quiser saber mais sobre a importância do contexto, mande um e-mail também.

Há um tipo de substantivos bem interessante: os substantivos compostos, aqueles em que dois substantivos se ligam sem hífen, como “aguardente”, “ferrovia”, “pontapé”, ou com hífen para designar algo que nada tem a ver com o sentido original de ambas as palavras. Assim, “couve-flor” não lembra nem a couve verdinha nem a flor colorida; um debate ocorrido em uma “mesa-redonda” quase sempre ocorre com as pessoas sentadas a uma mesa retangular; um “ofício-circular” é impresso em papel A4 comum; escreva “bom-dia”, com hífen, no primeiro e-mail enviado para um colega do CNJ e faça isso sempre de agora em diante! Ou “boa-tarde”, ou “boa-noite”. Quer saber o motivo? Escreva para dicasdeportugues@cnj.jus.br. Atenção: mesmo que a internet e o Google digam o contrário, vale o que está no dicionário impresso da língua, como o Houaiss, e, principalmente, no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP).

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Uma ótima semana!

Carmem Menezes
Revisora de Textos da Secretaria de Comunicação Social