
“A persistência é o caminho do êxito.” Charles Chaplin
Começamos a programação de 2015 desta coluna neste mês de fevereiro.
Neste ano, a cada mês, teremos um assunto diferente: pontuação, concordâncias, regras da ABNT, questões vernáculas, orações, acentos e grafias, crase, colocações e regências. Esses temas serão associados a exercícios e desafios. Você tem algo que queira saber? Pergunte! Envie sua questão para dicasdeportugues@cnj.jus.br. Está trabalhando e surgiu uma dúvida? Pode perguntar também! Tem alguma crítica ou sugestão? Sempre às ordens! Participe! E ninguém ficará sabendo…
Se a escrita surgiu por volta do ano 4000 a.C., os sinais de pontuação apareceram centenas de milhares de anos depois, tendo-se firmado apenas no século XVII. Surgiram com a intenção de direcionar a leitura de textos escritos que, com a prensa de Gutemberg, passaram a ser mais comuns. A segunda gramática de língua portuguesa, de João de Barros, publicada em 1540, distingue como sinais de pontuação: a coma, o colo, a verga, o parêntesis e a interrogação. De lá para cá, os outros sinais foram surgindo, sendo os mais recentes as reticências, o travessão e as aspas. Você lê mais sobre a história dos sinais de pontuação aqui.
Vamos tratar dos sinais de pontuação cujo emprego gera menos dúvida:
– Ponto de interrogação: usado no final da frase ou da oração para indicar uma pergunta direta, que se faz com entonação ascendente (aquela entonação característica de pergunta). Pode-se combinar com ponto de exclamação. Exemplos: “– Que vai fazer?”; “A mim?! Que ideia!”.
– Ponto de exclamação: usado depois de interjeições, locuções ou frases exclamativas, expressando surpresa, espanto, piedade, súplica etc. Exemplos: “– Nunca! gemeu o enfermo.”; “Céus! Que injustiça!”.
E vamos treinar o emprego de vírgulas, cujo emprego gera alguma dúvida e é o assunto da semana que vem?
Pontue corretamente com vírgulas os textos que se seguem.
Texto 1
“De longe por entre coqueiros surge uma mulher vestida de calça e capa de borracha negra dessas de marinheiro; na mão um cajado longo. Não ouvem o que ela grita devido ao vento mas sentem no bastão erguido um gesto de ameaça. Seguem-na um padre e um tipo de barbas. Em seguida os pescadores: velhos moços e meninos.” (Jorge Amado)
Texto 2
“Durante o ciclo da borracha fora aquela legião de rapazes para os seringais. Poucos voltaram. O governo prometia mundos e fundos: terras hospitais ordenado médicos escolas. E no fim foi o que se viu: os desgraçados voltaram como antigamente. Roídos de beribéri de maleita magros e famintos. Dinheiro nem um tostão. E os arrebanhadores de gente ricos com casa na cidade.” (João Clímaco Bezerra)
Uma semana feliz!
Carmem Menezes
Revisora de Texto da Secretaria de Comunicação Social
