Pronomes interrogativos e indefinidos

Para o último capítulo dos nossos estudos referentes aos pronomes, restaram os pronomes interrogativos e os indefinidos, nosso assunto desta semana. Se você ficou com alguma dúvida, tem alguma pergunta ou quer sugerir um tema, o e-mail dicasdeportugues@cnj.jus.br está aberto para você.

São quatro os pronomes interrogativos: “que, quem, qual, quanto”, sempre presentes apenas na formulação de perguntas diretas ou indiretas, como, por exemplo, “Diga-me que trabalho está fazendo” ou “Qual dos livros preferes?”. Você saberia dizer quais deles são variáveis e quais são invariáveis?

São 51 os pronomes indefinidos e sempre se aplicam à terceira pessoa gramatical, quando considerada de modo vago e indeterminado. E ainda há as locuções pronominais indefinidas, como “cada um, seja quem for”, entre outras. Destaque para algumas características de alguns desses pronomes:

– “alguém, ninguém, outrem, algo e nada” só ocorrem como pronomes substantivos, ou seja, são núcleo.

– “certo” só ocorre como pronome adjetivo, ou seja, sempre acompanha um substantivo e não é o núcleo.

Há algumas oposições bastante nítidas entre esses pronomes:

– “algum / alguém / algo”: apresenta caráter afirmativo.

– “nenhum / ninguém / nada”: apresenta caráter negativo.

– “tudo / todo”: apresenta caráter de totalidade inclusiva.

– “nada / nenhum”: apresenta caráter de totalidade exclusiva.

– “alguém / ninguém”: o referente é uma pessoa.

– “algo / nada”: o referente é uma coisa.

– “certo / qualquer”: apresenta caráter particular e genérico.

Quanto ao valor dos pronomes indefinidos, destaque para:

– “algum”: anteposto ao substantivo, tem valor positivo: “Vi algumas pessoas”; posposto ao substantivo, tem valor negativo mais forte que “nenhum”: “Não vi pessoa alguma”.

– “qualquer”: precedido de artigo indefinido, tem sentido pejorativo: “Ele não era um qualquer”. Normalmente, não ocorre em frases negativas. É a única palavra da nossa língua cuja flexão de número está no meio da palavra, não no final: “quaisquer”.

– “todo”: seguido de artigo definido, indica totalidade: “Todo o país se prepara para a Copa”; sem o artigo, tende a generalizações: “Todo homem é mortal”.

Na próxima semana, começamos novo mês, nova classe de palavras. E quem sabe tratando do tema proposto por você pelo e-mail dicasdeportugues@cnj.jus.br.

Uma semana bem definida!

 

Carmem Menezes
Revisora de Textos da Secretaria de Comunicação Social