Nova semana, nova classe de palavras… Depois da interposição dos artigos, completamos, agora, um grupo de palavras – os nomes – formado por substantivos e adjetivos.
Adjetivo é, essencialmente, um modificador do substantivo, caracterizando os seres e indicando-lhes qualidade, modo de ser, aspecto ou estado; ou também estabelecendo com o substantivo relação de tempo, espaço, matéria, finalidade etc.
Adjetivo pode ser substantivado (se a ele se antepor um artigo) ou funcionar ora como substantivo, ora como adjetivo.
Há adjetivos pátrios como “brasileiro”, “espírito-santense”, “fluminense” e, também, “nipo-brasileiro”, “teuto-brasileiro”, “sino-japonês”. Quer saber ao quê se referem? Escreva para dicasdeportugues@cnj.jus.br.
Adjetivos, como os substantivos, flexionam-se em número e gênero e têm derivação em grau, na qual encontramos, além dos adjetivos que abrem esta coluna, outras palavras ímpares como “sapientíssimo”, “crudelíssimo”, “nigérrimo” ou “libérrimo”. Por que esses superlativos não se parecem com o adjetivo-base “sábio”, “cruel”, “negro” ou “livre”, respectivamente?
Para terminar, Caetano Veloso e Maria Bethânia catam trecho do poema Navio Negreiro, de Castro Alves, em que se ouve “musa libérrima, audaz”, prova de que superlativos, então e agora, fazem parte da nossa língua e podem ser usados. Corretamente, claro.
Mais? Um estudo muito interessante sobre a história da classe de palavras adjetivo aqui.
Uma semana ilustrada!
Carmem Menezes
Revisora de Textos da Secretaria de Comunicação Social
