Sobre concordância Nominal

Teoricamente, o nome concorda com seu referente em gênero e número. Na prática, devemos tomar cuidado com alguns casos.

O termo quite concorda com o referente.
Ex.: Estou quite/ Estamos quites

O termo leso concorda com o referente.
Ex.: Crime de lesa-pátria/Crime de leso-patriotismo

Um e Outro – seguida de substantivo e adjetivo mantém o substantivo no singular e o leva o adjetivo para o plural.
Ex.: Um e Outro deputado federais saíram

Obrigado concorda com o referente
Ex.: Homem diz obrigado/ Mulher diz obrigada.

Os termos “mesmo”, “próprio”, “”, “junto”, “anexo”,”incluso”, “bastante” e “meio”, quando adjetivos, concordam com o referente.
Ex.: Eles mesmos saíram.
     Elas mesmas saíram.
     Nós próprios chegamos.
     Estou só.
     Estamos sós.
     A carta seguiu anexa.
     O livro seguiu anexo.
     Comprei bastantes livros.
     Bebi uma garrafa e meia.

O predicativo do sujeito fica invariável quando o sujeito não está determinado. Se o sujeito estiver determinado, concorda com ele.
Ex.: Água é bom.
A água é boa.
É proibido entrada.
É proibida a entrada.
É necessário reunião.
É necessária a reunião.

O termo “possível” fica invariável se fizer parte de uma expressão superlativa no singular (o mais, o menor, o pior, o melhor) ou se estiver ao lado de “quanto”.
Ex.:¨Encontrei processos o mais intrigantes possível.
      Encontrem-me tão rápido quanto possível.

Dois ou mais adjetivos podem concordar com um mesmo substantivo.
Ex.: As polícias civil e militar.
     As bandeiras brasileira e inglesa.
     O primeiro e o segundo grau.
     O primeiro e segundo graus.

Se o artigo aparecer também antes do segundo adjetivo, a concordância será feita assim:
A polícia civil e a militar.
A bandeira brasileira e a grega.
 

Fonte. Gramática da Língua Portuguesa II – PosEAD