
Chegando ao final de 2014, praticamente faltando 1 mês para o recesso de final de ano, depois de ter falado de ofício, portaria, resolução, ata, instrução normativa, relatório, textos argumentativos e textos dos gabinetes, é hora de olhar os textos da Agência CNJ de notícias: as matérias publicadas diariamente no portal do CNJ.
Sendo textos jornalísticos, seguem padrão bem definido e preestabelecido, devendo primar pela simplicidade, clareza e objetividade. Logo no início do texto, de forma concentrada, devem ser dadas as respostas às perguntas: o quê? Quem? Quando? Onde? Vamos ao exemplo:
O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) começará a usar oficialmente o Processo Judicial Eletrônico (PJe) a partir de 1º de dezembro. O processo de implantação do sistema, que será utilizado no tribunal e na Seção Judiciária do Distrito Federal (SJDF), ocorre desde o fim de outubro e está previsto para ser concluído na segunda metade deste mês.
O PJe é um sistema desenvolvido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para automação do Poder Judiciário. O objetivo da implementação, que integra as metas do Plano Estratégico da Justiça Federal para o período 2015-2020, é convergir os esforços dos tribunais brasileiros para uma solução única e gratuita para todas as cortes.
A implementação no TRF1 começou com a configuração do PJe para se adequar às necessidades da Primeira Região, etapa que foi concluída no último dia 31. Durante a chamada parametrização, os servidores inseriram no sistema os dados gerais necessários à sua utilização no primeiro e no segundo grau da Justiça Federal.
Reparou que as respostas às perguntas apresentadas estão no primeiro parágrafo?
Outra característica desses textos é a ordem direta: vem o sujeito, depois o verbo, depois o complemento e alguma circunstância. Outra característica é a extensão das orações: veja que, no trecho citado, não já conjunções subordinativas… só períodos simples.
No exemplo citado, os parágrafos têm praticamente a mesma extensão, o que é outra característica desses textos. Na versão completa da matéria citada acima, você pode conferir todos os parágrafos com extensão semelhante.
E como o jornalista treina para escrever textos melhores? Lendo e escrevendo horas e horas por dia! Pelo menos é o que dois textos muito interessantes recomendam: este e este.
E quem não é jornalista? Pode aplicar aos seus textos, quaisquer que sejam, os princípios de clareza e objetividade. Quanto à simplicidade, não necessariamente está presente sempre nos outros textos.
À disposição pelo e-mail dicasdeportugues@cnj.jus.br.
Muita Leitura nesta semana!
Carmem Menezes
Revisora de Texto da Secretaria de Comunicação Social
