Adjunto adnominal. Adjunto adverbial. Aposto. Vocativo. Essas palavras fazem você se lembrar de algo? Elas são os termos técnicos que fazem referência ao assunto desta semana: aquelas funções sintáticas que não são obrigatórias para a macrossignificação da oração, mas que fazem toda a diferença para tornar individual e exclusivo um núcleo sintático.
Em uma oração, ao núcleo do sujeito podem-se acrescer vários qualificadores, formados, em geral, por um adjetivo ou uma preposição mais adjetivo, um artigo, um numeral ou uma oração adjetiva. Exemplo: “Esta bela menina de tranças que tem seis anos chegou”. O núcleo é “menina”; há quatro qualificadores conhecidos como adjuntos adnominais. Um deles é uma oração adjetiva, por isso recebe outro nome diferente de adjunto adnominal.
Do outro lado da oração, considerando-se a ordem direta, o núcleo do predicado verbal – o verbo – também pode receber vários qualificadores, formados, em geral, por um advérbio, ou uma preposição mais advérbio ou uma oração adverbial, ou seja, por tudo que envolva advérbio. Exemplo: “Ela chegou rapidamente, no dia certo, quando combinamos”. Nesse exemplo, há três adjuntos adverbiais, sendo um deles uma oração iniciada por uma conjunção subordinativa.
Há também o aposto, termo que se junta a um substantivo para explicá-lo ou apreciá-lo. Normalmente, ocorre entre vírgulas e sem pronome relativo “que”, para se diferenciar das orações adjetivas.
E o vocativo? É um caso à parte, justamente porque não se relaciona diretamente com os outros termos da oração. Está à parte. É uma oração exclamativa que chama a pessoa com quem se fala, a segunda pessoa do discurso, para determinada oração. Sempre deve ocorrer seguido de vírgula.
Então, resumindo tudo, nas orações com predicado verbal, são núcleos o substantivo e o verbo; são acessórios artigos, pronomes, adjetivos, numerais e advérbios. As preposições servem para estabelecer relações. Se o predicado for nominal, o verbo é só de ligação e o núcleo é o predicativo do sujeito.
Muitos nomes e muitas funções são “Desenhos que a vida vai fazendo / Desbotam alguns, uns ficam iguais”. Vamos identificar as funções sintáticas existentes neste trecho enquanto você ouve a música toda? Faça o exercício e mande para dicasdeportugues@cnj.jus.br.
Uma semana qualificada!
Carmem Menezes
Revisora de Texto da Secretaria de Comunicação Social
