A vez do aspecto verbal
Caminhando nas terras dos verbos, há uma área em que o significado do verbo vai além da ideia de ação. Há aspectos verbais que se concretizam na forma e se tornam fundamentais. Por exemplo, “bebericar” é um verbo com significação diminutiva. Verbos como “exercitar” são frequentativos e “alvorecer” recebem a classificação de “incoativos”. Por fim, os imitativos, como “engatinhar”. Definamos cada um desses tipos apresentados por Napoleão, em sua Gramática Metódica.
Os verbos aumentativos têm significação exagerada para mais, sendo caracterizados pelos sufixos “re, tres e des”. Exemplos: “esbravejar, refugir, remexer, repousar”.
Os verbos diminutivos têm significação exagerada para menos, como “adocicar, escrevinhar, fervilhar, tremelicar”.
Os verbos frequentativos indicam ação frequente ou reiterada. São as locuções verbais formadas com “andar, estar, ficar, permanecer”, entre outros, e são eles: “bocejar, exercitar, saltear, passear”.
Já os verbos incoativos indicam começo de ação, tais como “alvorecer, florescer, enraivecer, envelhecer”.
Por fim, os verbos imitativos expressam a ação própria dos substantivos de que derivam, como, por exemplo, “latinizar, judiar, patinhar, serpentear, papaguear”.
Uma lista muito rica engloba os verbos que dão vozes aos animais. Por exemplo, relacionam-se ao cão: “acuar, aulido, balsar, cuincar, esganiçar, ganir, ladrar, latir, roncar, ronronar, uivar, ulular”. Ao passarinho: “apitar, assobiar, ralhar, galrejar, chirrear, gorjeio, trinolejar”, entre muitos outros.
Vale a pena conhecê-los!
Tem aquela pergunta? Aquela dúvida? Poder mandar para dicasdeportugues@cnj.jus.br.
Uma semana aumentativa!
Carmem Menezes
Revisora de Texto da Secretaria de Comunicação Social
