
Durante a discussão sobre iniciativas mais sustentáveis, que conciliem o crescimento econômico com o respeito às pessoas e ao meio ambiente, o jornalista Caco de Paula convidou à reflexão: “A preocupação com sustentabilidade deve começar pela quebra desse círculo vicioso, de miséria que gera falta de oportunidade, que gera miséria. Sem melhorarmos a educação, não conseguiremos alcançar nem sustentabilidade econômica, nem ambiental, muito menos, social”.
A gerente de projetos ambientais Leide Takahashi lembrou que as transformações coletivas resultam da vontade de uma sociedade consciente, representada por um grupo de grandes influenciadores, aliadas a uma política de incentivos e fiscalização contínua. “No Brasil, carecemos de incentivos em prol da sustentabilidade”, citou. Com bom humor, o publicitário José Buffo contribuiu com o debate: “Não dá para fazer chover, mas dá para tomar banho menos demorado. Não dá para resolver o problema de mobilidade das grandes cidades num piscar de olhos, mas dá para oferecer carona”, exemplificou.
Sustentabilidade como estratégia
O gerente de sustentabilidade João Carlos Redondo lembrou que, para integrar os princípios sustentáveis ao modelo de gestão de uma empresa, é preciso criar um novo conceito de se fazer negócio, tendo ao mesmo tempo a preocupação em mitigar seus impactos em toda a sua cadeia de valor. “Uma empresa não se move sozinha, ela é composta por pessoas e essas pessoas tomam as decisões.
A forma como essas decisões são tomadas é que revela o momento da sustentabilidade no qual a empresa se encontra”, disse. Já Lucia Erica Sakaniwa, de relações governamentais e sustentabilidade, acrescentou que é possível notar um movimento crescente para inclusão de práticas sustentáveis nas empresas. “Esse é um caminho sem volta, pois a sociedade também está se conscientizando e exigindo uma atitude mais sustentável das empresas – transparência nos negócios, relacionamento com funcionários, clientes, comunidade, meio ambiente, entre outros, tornando uma necessidade estratégica de negócio”, concluiu.
Fonte: Revista Exame
