A correria do dia-a-dia tem feito com as pessoas esqueçam ou deixem de aplicar gestos que traduzem gentileza e respeito ao próximo

Vivemos num tempo de mudanças contínuas germinando contradições, instabilidades, incertezas e palavras como competitividade, agilidade, resultados imediatos e praticidade ao permearem a vida das pessoas e dos ambientes de trabalho também têm provocado estados de indiferença e de individualismo fragilizando as relações interpessoais. A pressa tem engolido referenciais de boa convivência dando lugar à valorização excessiva ao que é belo, ao consumo e ao ter, possuir.
Todos os dias somos bombardeados de informações sobre pessoas vitimadas pela violência no trânsito, no ambiente doméstico, nas ruas. São crianças, jovens e adultos. Homens e mulheres. De tanto ouvir sobre isso fica a impressão de que outra “Era” está se instalando disseminando a insegurança e a banalização da vida, reforçando o “salve-se quem puder”. Lamentável esse cenário. A falta de respeito e de solidariedade acaba imprimindo contornos sombrios à convivência social.
A sociedade que queremos precisa ser tratada, pois, encontra-se doente e abandonada aos caprichos da sorte ou a espera daqueles que acreditam que vale a pena fazer a diferença. Grande tem sido o apelo de instituições e da mídia em prol do resgaste de simples práticas cidadãs como abrir a porta para alguém passar, ajudar a atravessar uma rua, ceder lugar ao idoso, além de estimular gestos como “por favor”, “obrigado”, “com licença”, “posso ajudar”, lembrando que o bom vocabulário social não está fora de moda.
O puxão de orelha fica para nós, sujeitos de uma sociedade que parece estar desaprendendo a arte de conviver em grupo e que vê o respeito, o amor ao próximo e a dignidade humana como bens quase supérfluos e desnecessários.
Elizabeth H. de Oliveira – Historiadora e Pedagoga. Pós-Graduada em Metodologia do Ensino e Pedagogia Empresarial. MBA em Gestão Administrativa. Consultora e Palestrante.
Fonte: Rh Portal
