A estátua da Justiça localizada em frente ao STF ganhou iluminação azul nesta sexta-feira (1º/4) e sábado (2/4) em celebração ao Dia Mundial da Conscientização do Autismo, que é no sábado. A iniciativa faz parte de uma ação mundial, que no Brasil “pintou” de azul monumentos como o Cristo Redentor no Rio de Janeiro, o Gasômetro em Porto Alegre, o Monumento às Bandeiras e o Viaduto do Chá em São Paulo, o Teatro Amazonas em Manaus e diversos outros cartões postais brasileiros. Em Brasília, além do STF, o prédio do Congresso e a Torre de TV também aderiram ao movimento. O intuito é alertar para o tratamento precoce da síndrome que atinge cerca de 2 milhões de brasileiros.
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O dia 2 de abril foi escolhido pelas Nações Unidas como sendo o Dia Mundial de Conscientização do Autismo (World Autism Awareness Day) desde 2008. Este é o quarto ano do evento mundial, que pede mais atenção ao transtorno do espectro autista (nome oficial do autismo), mais comum em crianças que a AIDS, o câncer e o diabetes juntos. A data serve como referência para que autistas, suas famílias, governos e sociedade em geral discutam o autismo e reafirmem o compromisso de promoção da inclusão e defesa dos seus direitos fundamentais, tais como saúde, educação, lazer, liberdade, respeito pelo lar e pela família. |
O Superior Tribunal de Justiça celebrou o dia Mundial da Conscientização do Autismo nesta sexta-feira (1) com uma exposição de obras e artigos feitos por autistas membros da Associação dos Amigos dos Autistas de Brasília. No local as pessoas puderam apreciar as obras e tirar dúvidas sobre a síndrome com voluntários da entidade.
O ministro do STJ Mauro Campbell, que participou do evento e possui uma sobrinha com a doença, considera o movimento importante para sensibilizar a população à necessidade de garantir aceso dos autistas às mesmas oportunidades que os demais. “O autista não é um ser humano com prazo de validade, não é alguém que passe pela multidão e seja percebido, não possui qualquer estigma físico que o identifique. E isso deve fazer com que nós tenhamos a mesma consciência que eles têm. Precisamos percebê-los e inseri-os em um perfil em que eles possam ser felizes como nós”, defende o ministro.
Para a professora Adélia Moura, da Escola Classe da 405 Norte, especializada na educação de pessoas especiais, lidar com autistas é um trabalho muito gratificante. “Ver a felicidade que podemos proporcionar a cada aluno e consequentemente à família é um grande prazer. Reconheço que nosso trabalho é muito importante para o desenvolvimento e evolução dos autistas”, garante.
O presidente da Associação do Amigo dos Autistas de Brasília, Orácio Campos, conta que o principal trabalho da entidade é buscar incluí-los na sociedade, por meio de desenvolvimento piscomotor e da inserção no mercado. “Temos um grande desafio, e estamos trabalhando para incluí-los cada vez mais” diz ele.
A síndrome
O autismo é uma disfunção global do desenvolvimento. O autista tem dificuldade nas relações sociais, na comunicação e apresenta comportamento repetitivo em algumas situações da vida diária. Sinais de autismo normalmente aparecem no primeiro ano de vida e geralmente antes dos três anos. A desordem é quatro vezes mais comum em meninos do que em meninas.
Praticamente todas as áreas do cérebro são atingidas. Os principais sintomas são riso inapropriado, dificuldade de relacionamento com outras crianças, pouco contato visual e dificuldade ao toque, muitos vivem em um mundo particular.
Fonte: Supremo em Dia
