Gerenciando Conflitos

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Há muito tempo que se entende um conflito como algo negativo e indicativo de crises na relação em que ele ocorre. O conflito pode se estabelecer em todos os níveis de relacionamento humano: social, profissional, afetivo e pessoal. Mas como seria a vida sem conflitos?

gerenciar_conflitosApesar disso ser o ideal de muitos, a existência do conflito não passa necessariamente pelo lado negativo dos relacionamentos. Um conflito pode proporcionar meios eficazes para se chegar ao CONSENSO, desde que bem entendida sua função real.
Ele geralmente nasce de uma diferença de ideias e/ou opiniões. Seria o primeiro aspecto positivo, pois opiniões diferentes e/ou divergentes podem desencadear reflexões e análises sobre determinado tema.

Ideias fixas, pré-determinadas, imutáveis, têm grande tendência à paralisação, ao preconceito e, pior ainda, não deixam a criatividade aflorar. Nascendo de diferenças e/ou divergências, os conflitos tendem a incomodar, a gerar tensão. Essa energia que tensiona é a mesma que produz movimento, que induz à ação, sendo esse o segundo aspecto positivo do momento de conflito. Se estimula a análise e a reflexão, se induz ao movimento, à ação, o conflito não pode ser visto sempre como algo negativo na vida do ser humano.

Para que sua positividade possa acontecer vai depender de como lidamos com essas questões. Vivenciar um conflito é a porta de entrada para o consenso que nada mais é do que uma mistura de ideias comparadas e uma conclusão assertiva e comum sobre determinado tema. Saber lidar com situações conflituosas é saber gerenciar as próprias emoções. A mobilização da raiva e do medo influencia diretamente o comportamento nesse momento.

Entender e utilizar essas emoções a nosso favor, pensando em amadurecimento e crescimento é uma questão de autoconhecimento e autocontrole. A raiva e o medo não são emoções negativas se bem utilizadas e controladas. Apesar, de muitas vezes, terem expressões intensas, elas podem ser gerenciadas de maneira que se transformem em energia produtiva e criativa.

Gerenciar conflitos é antes de tudo aceitar que os seres humanos são diferentes, podem pensar diferente, podem ter objetivos diferentes, valores diferentes e, mesmo assim, conviverem de maneira saudável e com qualidade. Entender as diferenças como forma de crescimento é o primeiro passo para o gerenciamento. A ideia diferente pode existir e nem por isso deve ser uma ameaça à integridade física e/ou emocional da pessoa. Saber ouvir essas diferenças, analisar, ponderar, refletir, são outras habilidades importantes para o bom gerenciamento. Reconhecer que as diferenças não significa, necessariamente, mudar de opinião.

Obter conhecimentos só é possível com a transmissão de ideias. O conflito dificulta as relações humanas quando é visto e expresso de maneira agressiva (verbal e/ou física). Aprender a desenvolver habilidades verbais é fundamental para um bom entendimento e aceitação em qualquer embate. Saber ouvir e saber falar (se expressar) é altamente importante no gerenciamento de conflitos e emoções, pois nesse momento de ouvir e falar é que se estabelecem ou não comportamentos autodefensivos, que podem ser prejudiciais às relações.

Quando o ser humano tiver autocontrole suficiente para fazer do limão uma boa limonada, com certeza as relações humanas terão maior e melhor qualidade. Transformar o negativo em positivo é só uma questão de ponto de vista. Refletir e analisar são habilidades que se encarregam dessa transformação. Não sabemos perder, mas nos esquecemos que ganhar implica esforço, competência, habilidades, tolerância e autocontrole.

Fonte: www.rhportal.com.br, com adaptações.