Tradicionalmente encontrávamos mais homens no serviço público que mulheres. Hoje vemos essa notável diferença que chega também nas cadeiras do CNJ. Em um total de 14 conselheiros, seis mulheres abrilhantam esse cargo. O CNJ não possui somente o cargo de conselheiro ocupado por mulheres: outras funções do órgão também têm a presença de mulheres perfumando esses ambientes.
Apesar de ser um constante desafio, devido a posturas históricas de machismo, as mulheres vencem o preconceito e, impulsionadas por ele, provam que são capazes de exercer qualquer profissão e afastar a imagem da mulher frágil que talvez ainda exista no inconsciente coletivo.

É o caso de Maria Cláudia Diolino, do Departamento de Tecnologia da Informação. Há três anos, a analista de sistemas, do quadro do CNJ, conta que já sofreu preconceito por sua profissão. “Já enfrentei, de forma sutil, preconceito por exercer uma profissão em área tipicamente masculina e ainda hoje me deparo com comentários preconceituosos.”
Mesmo com a presença de preconceituosos, segundo ela, atualmente o espaço da mulher no mercado de trabalho aumentou, pois as mulheres mostram sua eficiência, “hoje em dia a aceitação é maior porque muitas mulheres mostram-se competentes e capacitadas em suas funções e o mercado conseguiu absorver isso”. Cláudia completa dizendo que “o Mês da Mulher é importante para relembrar que temos um valor dentro de nossa sociedade e que a mulher deve buscar cada vez mais o valor que lhe compete, que lhe é merecido. Independentemente da condição social ou profissional, merecemos o lugar de igualdade.”

Carina Silva, da equipe de segurança, também sustenta que as relações de trabalho ainda são marcadas pelo machismo. Segundo ela, ao afirmar que trabalha no departamento de segurança do CNJ, as pessoas se assustam. “Já ouvi muita gente falando que eu não daria conta do serviço por ser mulher, por parecer frágil”. Porém, ela ressalta: “Sempre damos conta de tudo e, muitas vezes, fazemos até melhor que os homens.”
Por outro lado, a brigadista Geane Santos afirmou nunca ter sofrido algum tipo de preconceito por sua profissão, que já exerce há três anos. Geane diz ter sorte por sempre ter trabalhado com pessoas gentis e educadas. Para ela, é preciso ressaltar a importância feminina em todos os setores da sociedade.
Embora o mercado e a sociedade estejam evoluindo, as ideias machistas e os comportamentos preconceituosos ainda persistem. Segundo dados do IBGE, apesar da média de escolaridade das mulheres ser maior que a dos homens, eles ainda ganham mais. Além disso, uma mulher que ocupa o mesmo cargo que um homem chega a ter rendimento 22% menor que seu colega de sexo masculino.
Comunicação Institucional
