Os pais do CNJ que deixaram de levar seus filhos para receber a vacina contra a poliomielite podem procurar as unidades de saúde do Distrito Federal até o próximo dia 21(sexta-feira), data do fim da Campanha Nacional de Vacinação contra a paralisia infantil.

Foram 104,2 mil das crianças de 6 meses a 5 anos do Distrito Federal imunizadas no primeiro dia da Campanha Nacional, o que representou 57% dos 173,8 mil meninos e meninas que representam o público-alvo. A meta da Secretaria de Saúde neste ano é atingir 95% das crianças do DF, que tem um total estimado de 182.902.
A poliomielite é uma doença infectocontagiosa viral aguda, caracterizada por quadro de paralisia flácida que atinge, em geral, os membros inferiores.
O DF não registra casos da doença há 26 anos e, a exemplo do que ocorreu o ano passado, quando 97,2% das crianças foram imunizadas, a capital tem alcançado a meta de vacinação,
Este é o 34º ano de Campanhas Nacionais de Vacinação contra a poliomielite, e o objetivo é manter o Brasil na condição de país certificado internacionalmente para a erradicação do mal, com proteção coletiva e a disseminação do vírus vacinal no meio ambiente.
Campanha – Em 2012, foram vacinadas mais de 14 milhões de crianças no Brasil, o que representou 99% do público alvo. Desde 2012, o Brasil passou a realizar somente uma etapa exclusiva da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite, no mês de junho. No ano passado, todas as crianças até cinco anos incompletos participavam da campanha.
Já neste ano, o público alvo a ser vacinado na campanha é a partir dos 6 meses, com a vacina oral (VOP), as chamadas gotinhas. Isso porque as crianças menores de 6 meses já estão sendo vacinadas com a injetável (VIP) nos postos de vacinação. É importante reforçar que os pais não esqueçam de levar a caderneta de vacinação dos filhos para que o profissional de saúde possa avaliar a situação vacinal da criança, considerando o esquema sequencial (quadro abaixo).
Calendário básico de vacinação
Esquema sequencial para crianças que iniciam a vacinação contra a poliomielite
Idade Qual a vacina
2 meses Vacina inativada poliomielite – VIP (injetável)
4 meses VIP
6 meses Vacina oral poliomielite (atenuada) – VOP (oral)
15 meses VOP (reforço)
VACINA ORAL – Vale lembrar que não existe tratamento para a poliomielite e somente a prevenção, por meio da vacinação. A vacina protege contra os três sorotipos do poliovírus 1, 2 e 3. A eficácia da imunização é em torno de 90% a 95%. Ela é recomendada mesmo para as crianças que estejam com tosse, gripe, coriza, rinite ou diarreia.
A vacina é extremamente segura e não há contraindicações, sendo raríssimas as reações associadas à administração da mesma. Em alguns casos – como, por exemplo, em crianças com infecções agudas, com febre acima de 38ºC ou com hipersensibilidade a algum componente da vacina –, recomenda-se que os pais consultem um médico para avaliar se a vacina deve ser aplicada.
CASOS – O último caso registrado de poliomielite no Brasil foi em 1989, na Paraíba. As ações do Programa Nacional de Imunizações (PNI) estão voltadas à manutenção do país livre do poliovirus selvagem. Desde 1994, o país mantém o certificado emitido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) de erradicação da poliomielite.
De acordo com a OMS, entre os anos de 2011 e 2012, 16 países registraram casos da doença. A maioria é decorrente de importações do poliovirus selvagem de países endêmicos (Afeganistão, Nigéria e Paquistão) ou de países que restabeleceram a transmissão (Angola, Chade e República do Congo). No ano de 2013 (até 22 de maio), foram registrados 32 casos, sendo 8 no Paquistão, 22 na Nigéria e 2 no Afeganistão. Por isso, para evitar a reintrodução do vírus no Brasil, é fundamental a manutenção da vacinação.
Geysa Bigonha, com informações da Agência Brasília e Portal da Saúde
