Entres os passatempos que possui, o servidor Giscard Stephanou orgulha-se de ser um viajante colecionador.
A primeira coleção que começou foi a de selos. “Iniciei em 1983, quando meu pai me deu alguns selos do final dos anos 70 e início dos 80”, revela Giscard. Hoje possui todos os selos emitidos no Brasil desde 1900, sem uso e sem carimbo. Entre as raridades, estão os primeiros selos aéreos da Varig e duas séries completas do Brasiliana 83. Segundo Giscard, este selo ficou raro, pois os que não foram comprados foram incinerados após exposição.


Coleção de selos de Giscard Stephanou
Em 1990, com a entrada dos produtos importados no Brasil, o servidor começou a coleção latas de cerveja e tudo que fosse relacionado à bebida (garrafinhas, copos, canecos, porta-garrafa, tampinhas, etc.). Atualmente, tem mais de cinco mil latas de cerveja cheias. “Elas estão expostas em cinco salas de uma casa da minha família em Porto Alegre, em prateleiras bem reforçadas por causa do peso das latas”, conta. Faz parte da coleção a 1ª cerveja brasileira em lata (Skol de 1970); a Skol Sesquicentenário (de 1972), que chega a custar 1 mil reais; a Schincariol Matarazzo (de ferro), única lata que se tem conhecimento no Brasil, segundo as associações de colecionadores de latas de cerveja. Por falar em organizações, Giscard é sócio-fundador do Tcherveja (Clube Gaúcho de Colecionáveis Cervejeiros).

Sócios do Tcherveja em encontro realizado em 2010
Por conta do clube, ele viajou em 2005 para Bogotá (Colômbia) com a missão de trazer o set completo da Cerveja Águila. A série foi lançada em homenagem à seleção sub-20 da Colômbia que foi campeã sul-americana naquele ano. “A coleção era composta de 21 latas diferentes, vinte com as fotos dos jogadores. A 21ª era a lata do treinador”, esclarece Giscard Stephanou. Não contente em trazer apenas um exemplar de cada latinha, Giscard acabou trazendo 23 kits completos, ou seja, 483 latas, além de outras cervejas colombianas. No final da viagem, ele voltou ao Brasil com mais de 600 latas. Para encontrá-las, Giscard passou dois dias entrando em todos os supermercados possíveis de Bogotá. “Engraçado é pensar que esvaziei 500 latas no banheiro do quarto do hotel para não pagar o excesso de bagagem. Os apreciadores de cerveja não me desculpam, até hoje, por isso”, ressalta.
Outras coleções de Giscard foram surgindo em razão das inúmeras viagens que já fez. Hoje ele coleciona imãs de geladeira (mais de 1000), postais (mais de 2 mil), posters, DVDs e Blu-Rays (cerca de 900 filmes), além de outros objetos um tanto curiosos como cartões de hotel e restaurantes, instruções de segurança de aviões, pinguins e anéis de prata. A coleção de anéis, aliás, começou em Marrakesh, no Marrocos, em 1999, e lhe rendeu o apelido “O Senhor dos Anéis”.

Giscard fazendo tatuagem de hena no Marrocos.
Giscard já visitou 38 países, quinze na América (Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai, Chile, Peru, Bolívia, Equador, Colômbia, Venezuela, Guiana, Panamá, Costa Rica, Estados Unidos), vinte e um na Europa (Espanha, Portugal, Andorra, França, Inglaterra, Bélgica, Holanda, Luxemburgo, Suécia, Dinamarca, Alemanha, Áustria, Hungria, Mônaco, Itália, Vaticano, San Marino, Grécia, Rússia, República Tcheca e Suíça) e dois na África (Marrocos e Egito).


Giscard em frente à catedral São Basilio, em Moscou, na Rússia, e esquiando em Cerro Bayo, na Patagônia.
Currículo – Giscard é analista judiciário – especialidade análise de sistemas – do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) e chegou ao CNJ em abril/2006. Segundo o servidor, na época, o setor de informática do CNJ não tinha estrutura e cargos próprios, o trabalho era realizado por servidores cedidos de outros órgãos. “O CNJ funcionava no anexo II do STF, ocupava parte do 5º andar e da cobertura. A informática era composta por cinco servidores sendo três cedidos pelo Supremo. Pouco depois, recebemos a ajuda de alguns terceirizados do próprio STF e passamos a ocupar uma pequena sala no 5º andar do mesmo prédio”, relata o servidor. Logo que veio, Giscard trabalhou em dois projetos importantes para o processo eletrônico, o sistema E-STF e o sistema E-CNJ. Atualmente, Giscard é chefe do Núcleo de Gestão de Sistemas do Departamento de Tecnologia da Informação (DTI).
CR/GB
