Saúde: Cuidados durante os festejos no Carnaval

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Os dias de folia prometem muita diversão, mas para terminar o carnaval de bem com a vida, é preciso evitar os riscos de doenças e excessos. Veja a seguir algumas dicas de como se cuidar.

Beijo

Quem já participou das folias, micaretas e blocos de rua, sabe que muitas pessoas se beijam sem nem se conhecerem, ou trocam carícias com vários parceiros durante o mesmo dia ou noite, achando que aquilo não trará consequências. Porém, esse comportamento traz alguns perigos. Devido à presença da saliva, um simples beijo na boca pode transmitir doenças sérias. carnaval

Vejamos abaixo as doenças que podem ser adquiridas dessa forma:
 
Cárie: a mais simples e comum das doenças é causada por bactérias, e é transmitida não só pelo beijo, como também pelo compartilhamento de utensílios.
 
Mononucleose: a doença é causada pelo vírus de Epstein-Baar e  o seu perigo é aumentado por não apresentar sintomas para a maioria dos portadores.
 
Herpes simples: o portador do vírus pode estar assintomático ou sem lesões aparentes e ainda assim transmitir a doença. “Bolhinhas” nos lábios da paquera, indicam que o beijo deve ser deixado para outra ocasião.
 
Meningite: o risco de transmissão da doença aumenta em quatro vezes quando se beija na boca de múltiplos parceiros, que segundo estudos, é a quantidade igual ou maior que sete parceiros em duas semanas
 
Gripe A (e outros tipos): houve uma diminuição do número de casos, mas a doença não desapareceu. Se um espirro a uma razoável distância pode transmitir o vírus, o beijo é um agravante considerável.
 
 
Doenças Sexualmente Transmissíveis

Muito se fala sobre a transmissão das DST (Doenças Sexualmente Transmissíveis) durante a folia no Carnaval. E as pessoas podem achar que estarão livres de doenças se tiverem relações sexuais com preservativos. O que não se diz é que algumas doenças não são prevenidas de maneira totalmente eficaz com o uso do preservativo. É o caso, por exemplo, do HPV, vírus responsável pela maioria dos casos de câncer de colo de útero nas mulheres e que infecta cerca de 50% dos homens, de forma assintomática nesses.
 
Outras DST importantes:
 
HIV: o risco de adquirir o vírus aumenta de acordo com o número de parceiros, mas pode ocorrer em uma única relação sexual desprotegida (oral, vaginal ou anal). Beijo, abraço, compartilhamento de utensílios não transmitem o HIV.
 
Hepatite B: é transmitida pelo ato sexual ou por contato com sangue contaminado, através de agulhas, seringas e outros. Existe vacina que previne a doença, mas o ideal é o uso de preservativo.
 
Hepatite C: Sua transmissão ocorre da mesma forma que a Hepatite B, e é responsável pela maioria dos casos de câncer de fígado. Não há prevenção por vacina e não tem cura. O uso de preservativo é indispensável.
 
Sífilis, gonorréia, cancro mole, candidíase, herpes genital, linfogranuloma venéreo, granuloma inguinal: todas têm tratamento, mas indicam que o sujeito correu o risco de se contaminar com algo mais grave. O uso de preservativo em toda e qualquer relação sexual previne a transmissão dessas doenças. Qualquer lesão ou secreção visível na genitália do parceiro é um bom motivo para segurar a empolgação do momento.
 
Pediculose do púbis: o famoso “chato”. Não é prevenida pelo uso de preservativo, e está relacionada à falta de higiene.
 
Infecção por clamídia, trichomonas, ureaplasma, gardnerella: podem passar despercebidas a olho nu, mas são evitadas pelo uso de preservativo durante a relação sexual.
 
Molusco contagioso: apesar de ocorrer, geralmente, em crianças de 0 a 12 anos, no adulto pode ser considerada como DST. É provocada por vírus e caracterizada como pequenas verrugas claras com pedículos, com a zona central apresentando uma substância que é semelhante a um queijo mole e que pode ser extraída por expressão manual.
 
 
Bebidas Alcoólicas
 
O álcool é uma substância amplamente aceita em nossa sociedade. Durante os festejos, ocorre o aumento do seu consumo como forma de se refrescar no calor ou por simples diversão e prazer.
Para ser metabolizado pelo fígado e eliminado pelos rins, o álcool consome uma grande quantidade da água do organismo. Os sintomas da ressaca no dia seguinte nada mais são do que um sofrimento intenso do organismo devido à desidratação e é agravada pelo calor e pela atividade física intensa do carnaval.

Para evitar a ressaca, deve-se começar pela ingestão moderada de bebidas alcoólicas. O famoso comprimido efervescente nada mais é que um paliativo para o abuso cometido, não substituindo a necessidade de reposição de líquidos do organismo. Uma alimentação leve, com muitas frutas, legumes e bastante água são fundamentais para manter o equilíbrio do organismo durante os dias de folia.
 
 
 Acidentes

Bebidas alcoólicas, euforia, dilatação dos limites. Essa combinação de elementos faz com que os riscos das festas durante o Carnaval aumentem, causando acidentes automobilísticos, atropelamentos, agressões físicas, afogamentos, quedas, queimaduras, ferimentos por arma branca ou de fogo, esmagamento e amputações acidentais de membros, choque elétrico, entre outros. Uma tarde de Carnaval na sala de espera de qualquer pronto socorro pode chocar uma pessoa desavisada.

Além dos cuidados habituais, devemos ter atenção redobrada com as crianças. A euforia dos festejos contagia também os pequenos, e esses, eufóricos e com menor vigilância dos adultos, correm riscos ainda mais sérios.
 
Depois de toda essa informação, desejamos a você um bom Carnaval, curtindo com muito prazer e responsabilidade!
 
Por: Vanessa Zumpichiatti
 
Fontes
http://www.odontologia.com.br/noticias.asp?id=1025&idesp=5&ler=s
http://www.aids.gov.br/
http://saude.gov.br
Manual de Controle das Doenças Sexualmente Transmissíveis – Ministério da Saúde, 2006.

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Texto reproduzido do Supremo em Dia