O Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) desmentiu, na última quarta-feira (18/11), a comunicação de qualquer problema na urna da 197ª seção eleitoral da 254ª zona eleitoral de Macaé, instalada na escola Almir Franciso Lapa, local de votação localizado no Parque Aeroporto. Uma informação falsa publicada no site Divulga Macaé registra fraude na suposta tentativa de voto no candidato a vereador Felipe Wenderroschy (PRTB). Ao digitar o número dele, 28321, a urna teria finalizado a votação sem permitir o voto no prefeito, além de não apresentar os dados do candidato do PRTB.
A Polícia Federal de Macaé confirmou ao TRE-RJ a existência do boletim de ocorrência com a denúncia que será encaminhada ao juízo da 254ª ZE. Os mesários da 197ª seção eleitoral, entretanto, repudiaram o relato. A mesária que preside a seção eleitoral afirmou que, às 11 horas, momento em que teria acontecido a fraude denunciada, a votação estava tranquila. “Apenas um rapaz me perguntou se poderia filmar o seu voto, o que neguei de imediato”, explicou a mesária, que pediu para não ter o nome divulgado, por temer “ataques de ódio” nas redes sociais.
Também a colaboradora designada para administrar o local de votação, Andressa R.S.S. (nome parcialmente ocultado também a pedido), nega qualquer tipo de problema na 197ª seção eleitoral. “Houve apenas uma queixa na 206ª seção eleitoral, que orientei que fosse colocada em ata”, recorda. “O eleitor confirmou os votos e finalizou a votação, como registrou o terminal do mesário, que já pedia novo número de título para habilitar a urna. Mas ele veio reclamar, em seguida, que o número e a foto do candidato não apareceu”, explica. “Fizemos as explicações devidas e ele se disse satisfeito. Tudo foi registrado na ata.”
A ata da seção eleitoral é um documento público e está disponível à consulta no cartório eleitoral. O problema porém não foi completamente encerrado. Em seguida, um homem se apresentou como fiscal de partido e cobrou mais esclarecimentos do presidente da 206ª seção eleitoral. Como o suposto fiscal sequer estava identificado, ele foi orientado a regularizar a situação, para poder atuar como fiscal de partido no local de votação. “Exigimos que ele se retirasse da escola e providenciasse o crachá de identificação”, relembra a colaboradora Andressa. “De qualquer forma, com o eleitor diretamente envolvido, tudo ocorreu de forma absolutamente cordial e transparente.”
De acordo com o secretário de Tecnologia da Informação do TRE-RJ, André Sant’Anna, esse tipo de problema pode acontecer, dependendo do modelo da urna eletrônica e do tamanho e qualidade do arquivo da foto. “A demora em mostrar a foto de candidato ocorre em urnas com processadores mais lentos, como é usual em qualquer computador na mesma situação.”
Fonte: TRE-RJ