Estar disposto a falar abertamente e ter um mínimo de senso de humor são requisitos essenciais para os órgãos públicos ou privados que realmente desejam embarcar no mundo das mídias sociais. Foi o que afirmou Taciana Giesel, especialista em redes sociais do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que juntamente com Alexandre Machado, secretário de Comunicação da corte Trabalhista, proferiu palestra na tarde desta segunda-feira (25/2), no Encontro Nacional de Comunicação do Poder Judiciário, promovido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), no auditório do Conselho da Justiça Federal (CJF), em Brasília.
Taciana explicou aos participantes do evento algumas regras relacionadas ao ingresso nas novas mídias, entre elas o Facebook. “Como empresas, temos que entrar com uma funpage. Primeiro porque esse é o espaço apropriado. Segundo, porque o Facebook pode excluir a conta se identificar que determinado perfil na verdade foi criado por uma empresa”, destacou.
De acordo com a especialista, a organização precisa ter em mente que a presença dela na rede social não se dará apenas por meio da divulgação de conteúdos de forma unilateral. “É uma rede social. É preciso haver interação. Se você não falar com o seu público, ele vai falar com você, diretamente ou não”, explicou. Nesse sentido, afirmou: “Não entre na rede social se você não tiver senso de humor, não estiver disposto a falar abertamente, não tiver tempo ou uma equipe para cuidar dessa mídia e, principalmente, se não tiver a aprovação de toda a organização”.
Resultados – Segundo Taciana Giesel, o TST vem apresentando resultados expressivos nas mídias sociais. Em apenas três meses, o Tribunal passou de 19 mil para 60 mil fãs no Facebook. Ela contou que o objetivo inicial da comunicação do TST era divulgar as notícias da corte por meio da rede. Porém, a visão acerca da ferramenta foi ampliada, e o departamento começou a desenvolver conteúdos personalizados e de interesse de trabalhadores específicos.
Barreiras – Para o secretário de Comunicação do TST, Alexandre Machado, apesar dos avanços, ainda existem barreiras a serem quebradas para que os tribunais possam utilizar plenamente as novas mídias. “Temos que batalhar por uma política de como entrar e encaminhar nossas mensagens por meio das redes sociais. Ao mesmo tempo, acho que temos que lidar com uma questão material. O próximo passo será uma briga por audiência em espaços cada vez menores. O problema, então, será descobrir quem é nossa audiência e o que ela quer”, completou.
Giselle Souza
Agência CNJ de Notícias