Expedição do projeto Inclusão Sociopolítica dos Povos Indígenas chega ao fim

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FOTO: TRE-TO
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“Vocês estão plantando a semente e não podemos deixá-la morrer. Queremos que esta semente dê frutos para o futuro de nossa comunidade”. A fala do líder indígena Dodani Krahô, da Aldeia Manoel Alves, resume bem a intenção do projeto Inclusão Sociopolítica dos Povos Indígenas do Tocantins, que neste mês finalizou uma expedição a aldeias de todo o estado para levar informação a respeito do processo político, incentivar a participação dos indígenas, fomentar o voto consciente e a representatividade. Fechando o cronograma de visitas, a equipe do Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins (TRE-TO) percorreu três aldeias da etnia Krahô entre os dias 5 e 7 de novembro. Cerca de 400 pessoas participaram das ações realizadas pela Justiça Eleitoral.

Na aldeia Pedra Branca, município de Goiatins, cerca de 85 indígenas da própria aldeia e das aldeias Campo Limpo e São Vidal participaram do encontro representantes do Judiciário, da Fundação Nacional do Índio (Funai), do Executivo e Legislativo municipal. Em um momento de bate-papo e troca de experiências, a equipe do TRE-TO e parceiros reforçaram a importância do voto consciente, da participação política e da representatividade indígena. “Este país tem uma dívida histórica com o povo indígena e esse programa visa resgatar a cidadania de todos os indígenas do nosso estado; e um dos mecanismos de pleno exercício da cidadania é o voto. Essa é a mais legítima forma de participação e queremos ajudar, trazer condições para que toda a comunidade indígena possa votar e com consciência, em busca de uma maior participação e representatividade”, disse o juiz membro do TRE-TO, José Maria Lima.

“O que a Justiça Eleitoral quer é a participação de cada um de vocês na escolha dos nossos representantes. E que vocês escolham aquele candidato que vai realmente representar o povo indígena lá fora. O voto é o maior instrumento que temos nas mãos para melhorar a qualidade de vida aqui na comunidade, seja através da construção de uma escola, de um campo de futebol ou da reforma de um posto de saúde. Para isso, os indígenas precisam de um representante legítimo, escolhido por vocês”, complementou o coordenador do projeto, Wellington Magalhães, durante conversa com os líderes da comunidade.

Na aldeia Cachoeira, também pertencente ao município de Goiatins, aproximadamente 150 indígenas da própria aldeia e de comunidades do entorno (Aldeia Pé de Côco e Aldeia Pedra Branca) participaram do momento de conversa e da votação simulada. Para o cacique Odílio Krahô, a iniciativa contribuiu para orientar melhor a comunidade. “Aprendemos muito com a vinda do TRE aqui na aldeia. Precisamos de união para ter alguém que nos represente na Câmara Municipal, na política. Isso é muito importante para trazer melhorias para o nosso povo”, disse.

Já na aldeia Manoel Alves, em Itacajá, cerca de 130 indígenas de oito aldeias se reuniram para receber a Justiça Eleitoral. Todos os caciques tiveram um momento para expor seus pontos de vista e tirar dúvidas. Para a cacique Janaína Krahô, da Aldeia Maravilha, a mensagem que ela leva do encontro é de união e comprometimento entre os indígenas. “Temos jovens preparados para entrar na política; chegou a hora de nos juntarmos para ter um representante”, afirmou.

Entre os meses de outubro e novembro, a Justiça Eleitoral do Tocantins visitou oito aldeias do estado, em três expedições que abrangeram as cinco etnias presentes no estado: Xerente, Apinajé, Karajá, Javaé e Krahô.

Fonte: TRE-TO

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