Cristo Redentor ganha iluminação laranja por mulheres vítimas de violência

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Cristo Redentor Homenagem às mulheres vítimas de violência. FOTO: TJRJ
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O Cristo Redentor, um dos mais belos cartões portais do Rio de Janeiro, anoiteceu iluminado na cor laranja nesta quinta-feira (22/11). A ação, que contou também com a realização de um ato inter-religioso, homenageou as mulheres vítimas de violência doméstica e feminicídio. Integrantes da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Coem) do Tribunal de Justiça do Rio, membros da rede de enfrentamento à violência contra a mulher e líderes de diversas religiões participaram da cerimônia.

A reunião foi organizada pela Coem em alusão à campanha mundial dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher”. A desembargadora Suely Magalhães, coordenadora da Coem, falou sobre a atuação da coordenadoria no enfrentamento à violência doméstica. “A Coem tem a função de criar condições para que nossos magistrados possam atuar no combate à violência contra a mulher. A coordenadoria cria projetos para que a vítima tenha condições de sobreviver, além de ter justiça”.

Em sua fala, a juíza Adriana Ramos de Mello, membro do Coem e titular do I Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, destacou que o Brasil é o quinto país em mortes violentas de mulheres. “Hoje não é uma data de comemoração, é dia de reflexão. Essa campanha busca mobilizar a sociedade e conscientizar sobre a importância de se buscar a paz social, a liberdade e a igualdade entre homens e mulheres. Estar aos pés do Cristo Redentor, nessa data, é muito simbólico”, disse.

A defensora pública Flávia Nascimento e a delegada Gabriela Von Beauvais, diretora do Departamento Geral de Polícia de Atendimento à Mulher, destacaram o trabalho realizado pela rede de combate à violência doméstica. “É uma noite de homenagem, respeito, reflexão e orações. É uma alegria vivenciar esse evento ao lado dos integrantes da rede. Acredito que nosso compromisso contribui para transformação social e salvar vidas”, considerou a defensora pública.

“A minha palavra é de solidariedade às famílias das vítimas de feminicídio. Às vezes bate um cansaço, mas continuo aguerrida no trabalho, pois sei que fazemos a diferença na vida das pessoas. Os números mostram, por exemplo, que a maioria das vítimas não tinham medida protetiva. A medida protetiva salva vidas”, afirmou a delegada.

Joyce Trindade, Secretária Municipal de Políticas e Promoção da Mulher do Rio, destacou a presença e o apoio dos líderes religiosos como fundamental para a mobilização da sociedade. “Estamos lutando pela vida, pela segurança e pelo futuro de todas as mulheres”.

“Tenho a dizer uma palavra: esperança. E quero enfatizar que a vítima não está sozinha. Dias melhores virão”, desejou a procuradora de Justiça do Ministério Público, Carla Araújo. Também fizeram uso da palavra Glória Maria Barreto, líder da Ronda Maria da Penha da Guarda Municipal do Rio; Silvia Gonzaga, do Santuário Cristo Redentor; Luzia Lacerda, do Instituto Expo Religião; e os líderes religiosos Daniela Urzua, representando a religião islâmica sunita; Ângela Delou, representando o Espiritismo; e Paulo Maltz, diretor de relações inter-religiosas da Fierj. O pastor Edvaldo Nascimento, da Nova Igreja; Mônica de Sá, representando as religiões de matrizes africanas; Kunti Devi Dasi, Hare Krishna; e a irmã Kelly Cristina, da Igreja Católica; também se pronunciaram. Os líderes religiosos demonstraram apoio à causa e defenderam o acolhimento da mulher vítima de violência.

Ao fim do encontro, o Padre Omar Raposo, reitor do Santuário Cristo Redentor fez uma oração.
“Estamos certos de que essa celebração é histórica. Que possamos assumir um compromisso de proteção e cuidado em relação à vítima de violência”, disse. Também compareceram à cerimônia o desembargador Caetano Ernesto e as juízas Luciana Fiala, Camila Guerin e Renata Medina.

A celebração contou com apoio conta com o apoio da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro (Coordenadoria de Defesa da Mulher); Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Combate à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher); Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (Departamento-Geral de Polícia de Atendimento à Mulher); Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (Patrulha Maria da Penha); Guarda Municipal do Rio (Ronda Maria da Penha); e Secretaria Especial Municipal de Políticas e Promoção da Mulher.

Fonte: TJRJ

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