Um grupo formado por técnicos da área de informática do Poder Judiciário começou a trabalhar nesta terça-feira, dia 18, num modelo de processo virtual para o Conselho Nacional de Justiça.
O trabalho deverá estar concluído em 30 dias. O programa será desenvolvido pelo CNJ em software livre e estará disponível para todos os tribunais, que poderão utilizá-lo sem nenhum custo.
"O CNJ está aí para pensar o futuro da Justiça, por isso precisa contar com tecnologia de ponta", avalia o secretário geral do Conselho, juiz Sérgio Tejada. O grupo trabalhará com base em modelos já testados e aprovados em tribunais.
Entre as vantagens apresentadas pela virtualização dos processos, Tejada cita a maior agilidade, diminuição de custos e facilidade de acesso. "Ao automatizar procedimentos que hoje são manuais, consegue-se muito mais agilidade. As buscas são feitas com mais rapidez, os usuários têm acesso imediato e simultâneo ao processo em qualquer lugar", diz Tejada. A diminuição dos custos não se resume à economia de papel: "há grande economia de pessoal, por exemplo", cita o secretário.
Além disso, o processo virtual torna o CNJ mais acessível à população. "Hoje, para dar entrada em um processo no Conselho, é preciso viajar a Brasília ou enviar o material pelo correio. Com a virtualização, será possível abrir o processo via internet, de qualquer ponto do mundo", explica Tejada. No caso do CNJ há ainda uma vantagem adicional: os conselheiros, 15 no total, não residem todos em Brasília, mas estão nas diversas regiões do País. Com a virtualização, os julgadores terão acesso aos processos, simultaneamente, de qualquer lugar.