O conselheiro Oscar Argollo considera que há pelo menos três fatores que contribuem para a morosidade da Justiça: "um deles é cultural, outro é a administração dos organismos da Justiça e o terceiro é a nossa legislação. A modalidade dos procedimentos que nós temos, ainda com rituais extremamente rígidos, possibilita a demora de qualquer processo", disse.
Segundo, ele, a implementação do processo eletrônico contribuirá para uma justiça mais ágil. "Vejo vantagens para todo mundo, desde a administração judiciária, mas principalmente para o usuário da justiça e aí se inclui o advogado", disse o conselheiro.
Argollo prevê, no entanto, que a resistência em usar o computador pode ser uma dificuldade a superar. "Talvez tenhamos problemas na adaptação desta modernidade àqueles advogados mais velhos, mais antigos, que ainda têm certo receio, certo medo da utilização da máquina", disse. "Mas faço exemplo muito singelo que é nadar e andar de bicicleta. Depois que se aprende, ri do medo que tinha, porque vê que é uma coisa facílima. O mesmo vai acontecer com a máquina. Aqueles que ainda não estão afeitos o dia que ligarem a máquina e aprenderem a utilizá-la vão morrer de rir daquele medo que tinham".