Juizados dos aeroportos realizam 130 atendimentos e 55 acordos no feriadão

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O intenso movimento nos principais aeroportos do país, no feriado do dia 12 de outubro seguido do fim de semana, resultou em grande procura por informações e soluções nos juizados especiais em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Somente de sexta-feira (12/10) a domingo (14/10) foram registrados 130 reclamações. Deste total, 55 casos terminaram em acordo (42,3% de êxito).

 

O intenso movimento nos principais aeroportos do país, no feriado do dia 12 de outubro seguido do fim de semana, resultou em grande procura por informações e soluções nos juizados especiais em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Somente de sexta-feira (12/10) a domingo (14/10) foram registrados 130 reclamações. Deste total, 55 casos terminaram em acordo (42,3% de êxito).

O juizado que contabilizou o maior número de queixas foi o do aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, São Paulo, com 45 atendimentos no período, dos quais 18 alcançaram acordo, em audiências de conciliação. Grande parte da demanda estava associada a atrasos e cancelamentos de vôos. Segundo a escrevente-chefe do posto, Maria da Penha Silva, a presença do juizado já provocou mudanças de comportamento. "As companhias aéreas estão mais atentas e prestativas, pois antes mesmo do ajuizamento, ou seja, no momento da reclamação feita no balcão, o problema do passageiro muitas vezes é resolvido", disse.

Em Congonhas, a avaliação é a mesma. Para a supervisora do juizado, Márcia Luiza Negretti, "a cultura do atendimento aos usuários começou a mudar desde a instalação dos serviços nos aeroportos". Negretti afirma que "o principal gerador de problemas e insatisfação era a falta de informações, pois a maioria das pessoas quer simplesmente receber a devida atenção". Nos dias 12, 13 e 14 foram realizados 19 atendimentos, com seis acordos em Congonhas.  

A juíza Isabela Lobão dos Santos, responsável pelo juizado no aeroporto de Tom Jobim, no Rio de Janeiro, chama atenção para um problema que tem destoado do sucesso da iniciativa de conciliação. "As empresas internacionais não dispõem de pessoal suficiente para as tentativas de acordo, pois os funcionários ficam em seus postos somente por curtos períodos de três horas antes do embarque, muitas vezes em horários em que o juizado não funciona, como de madrugada". Segundo a juíza, isso gera a necessidade do procedimento tradicional, restando ao passageiro apenas o encaminhamento da queixa aos fóruns competentes e o pedido de indenização. "Quando o usuário consegue ser atendido por essa via tradicional, a situação de emergência já expirou".  Dos 27 atendimentos realizados no Tom Jobim durante o período, 16 chegaram a acordo.

Ainda no Rio de Janeiro, no Aeroporto Santos Dumont, dos 13 atendimentos feitos de sexta a domingo, dois chegaram a acordo. No aeroporto Juscelino Kubitschek, em Brasília, no mesmo período, das 26 reclamações recebidas, 13 soluções foram alcançadas. (LB)