Primeiro curso do programa “Começar de Novo” foi iniciado no MA

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Foi antecipado do dia 26 para esta terça-feira (20/01), o início do curso de capacitação em “Modelagem e Confecção de Malhas” destinado a detentas no Maranhão, dentro do programa “Começar de Novo”,  promovido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Trata-se do primeiro curso realizado pelo programa, cujas diretrizes serão executadas em todo o país. No caso do Maranhão, as primeiras beneficiadas são as presidiárias do Centro de Reeducação e Inclusão Social de Mulheres Apenadas (Crisma), localizado naquele Estado.

As aulas são coordenadas pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), por meio de parceria firmada entre CNJ e STF com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), à qual o Senai é vinculado. No caso específico deste curso, a empreitada também conta com a parceria do Tribunal de Justiça maranhense, com a Corregedoria Geral de Justiça e a Secretaria de Segurança Cidadã.

No início deste mês, o curso teve seu cronograma alterado em função da necessidade de revisão das máquinas de costura a serem utilizadas pelas alunas, motivo pelo qual a data inicialmente divulgada para início das aulas foi 26 de janeiro. Entretanto, como a revisão de tais equipamentos aconteceu de forma rápida, a coordenação do programa resolveu manter a data do primeiro cronograma e dar início às atividades. As detentas terão aulas desta terça-feira  até o dia 10 de fevereiro. 

Com duração de 160 horas, o curso será ministrado para 22 alunas nos horários de 8h às 11h30 e das 13h30 às 17h. Ao longo deste período, as detentas aprenderão técnicas de modelagem e confecção de roupas com a utilização de 17 máquinas industriais de corte e mais duas máquinas apropriadas para fazer viés.

Reinserção – O programa “Começar de Novo” tem como objetivo facilitar a reinserção de presidiários no mercado de trabalho, após o cumprimento da pena, por meio de ações que estimulem as empresas e a sociedade, de um modo geral, a aceitar e contratar estas pessoas. Tem a proposta, ainda, de oferecer educação e capacitação profissional para deixar estes ex-presidiários aptos para conseguir um emprego e, dessa forma, prontos para retornar ao convívio social.

O primeiro curso já é visto como uma oportunidade de mudança na vida dos detentos. Um deles é a aluna Lidiane Silva, 28 anos, há um ano e nove meses cumprindo pena no Crisma, que espera “aprender mais para sair empregada da prisão”. Já Alaíde Chagas Filha, 39 anos, natural de Cuiabá, enfatizou que a iniciativa do curso é muito boa. “A pessoa sairá daqui sabendo alguma coisa. Para “quem não tem estudo, nem emprego, o aprendizado significa sair com uma profissão para ganhar dinheiro. Uma oportunidade que caiu do céu”, destacou. 

Ações – De acordo com o juiz auxiliar da presidência do CNJ, Erivaldo Ribeiro dos Santos, um dos coordenadores do  “Começar de Novo”, o Conselho também está voltado para várias ações vinculadas ao sistema carcerário, como os mutirões realizados no ano passado, no Maranhão, Rio de Janeiro, Piauí e no Pará com a participação de juízes, representantes do Ministério Público, Defensoria Pública e servidores estaduais.“A iniciativa se propõe a integrar, ações dos vários órgãos e proporcionar um sistema carcerário mais humanizado no país”, explicou Erivaldo Santos.

HC/SR

Agência CNJ de Notícias

Com informações da Assessoria de Comunicação do TJMA