O corregedor nacional de Justiça, ministro Gilson Dipp, afirmou nesta quinta-feira (02/07) em Palmas (TO) que as audiências públicas estão entre as formas mais democráticas de acesso da população ao Poder Judiciário. “A audiência pública talvez seja o processo mais democrático de interlocução do cidadão comum e das entidades ligadas ao Judiciário, para que possam expressar as suas preocupações e reclamos”, disse. No início da tarde, o ministro começou a presidir audiência pública no Tribunal de Justiça de Tocantins, que integra os trabalhos de inspeção no Judiciário local para mapear os principais gargalos da Justiça tocantinense.
O resultado da iniciativa será divulgado em um relatório que, segundo o ministro, deve sair até setembro.“A equipe está recolhendo informações em varas de primeiro grau e em gabinetes de desembargadores. Vamos propor as correções e as soluções dos problemas para aquilo que tiver de ser corrigido”, disse Dipp.
Ele destacou que há boas práticas implementadas pelo Judiciário brasileiro, mas que ainda é essencial focar na gestão judicial e informativa. “Há cargos em comissão em situação irregular, o primeiro grau está abandonado em alguns Estados, causando dependência não muito louvável entre Executivo e o Judiciário. Há ainda casos de nepotismo e de nepotismo cruzado”, exemplificou.
O Tocantins é o décimo Estado a ser inspecionado pela Corregedoria Nacional de Justiça. A intenção é fazer inspeções para todos os Estados brasileiros.
RR/ SR
Agência CNJ de Notícias