CNJ e Governo de MT firmam compromisso para melhorar sistema prisional do Estado

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O Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o Tribunal de Justiça (TJMT) e o Governo do Estado do Mato Grosso firmaram termo de compromisso nesta quarta-feira (19/01), em Cuiabá, para melhorar as condições do sistema prisional do Estado. O documento prevê soluções a serem implantadas conjuntamente pelos poderes Executivo e Judiciário, responsáveis pelo sistema carcerário de Mato Grosso.

Também firmaram o termo de compromisso o Conselho Nacional do Ministério Público e o Departamento Penitenciário Nacional (Depen) do Ministério da Justiça. 

O compromisso é consequência do mutirão carcerário que o CNJ realizou no Estado entre novembro e dezembro do ano passado. O termo foi assinado durante a cerimônia a de encerramento do mutirão, no TJMT.

Segundo o juiz auxiliar da Presidência do CNJ, Marcio Fraga, há motivos para ser otimista em relação a mudanças no sistema prisional mato-grossense. “Em poucos estados, encontramos tanta transparência e vontade de mudar a realidade”, disse.
As principais mudanças contidas no documento dizem respeito a melhoras nas unidades prisionais do Estado e no cumprimento adequado das penas dos presos do Estado.
Números – Iniciado em novembro passado, o mutirão analisou os processos de praticamente todos os 12 mil presos do Estado – 6,28 mil condenados e 5,8 mil provisórios (47,7% da população carcerária). O CNJ sugere mudanças que acelerem a análise da situação processual dos presos do Estado, diminuam a superlotação das penitenciárias – o déficit de vagas é estimado em 6,2 mil vagas – e cadeias mato-grossenses e assegurem o cumprimento da Lei de Execução Penal.
Liberdades – Durante a mobilização, foram libertadas 759 pessoas. Também foram concedidos 2.136 benefícios, dos quais 430 foram progressões para o regime semiaberto.

 

Manuel Montenegro
Agência CNJ de Notícias