Mutirão de Samambaia acelera julgamentos do Júri

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Rapaz de 22 anos é condenado a 90 anos de reclusão por morte e seis tentativas de homicídio, devido a rivalidade de grupos de jovens. Essa ocorrência é uma das que o Tribunal do Júri de Samambaia vem promovendo nos mutirões de julgamentos que começou no dia 15 de outubro e vai até o dia 19 de novembro.

No mutirão serão realizadas 23 sessões de julgamento e 30 audiências de instrução e interrogatórios. Até o momento já foram julgados 8 processos.

O mutirão foi iniciativa da magistrada titular da Vara, Gilsara Cardoso Barbosa Furtado, para agilizar o julgamento de processos oriundos das cidades satélites do Distrito Federal, Samambaia e do Recanto das Emas, de competência da mesma Circunscrição Judiciária.

Para auxiliar na realização da empreitada, o 1º Vice-Presidente do TJDFT, Desembargador Sérgio Bittencourt, designou o juiz substituto, Paulo Afonso Correia Lima. Este é o quarto mutirão realizado desde 2009, nos Tribunais do Júri do DF. O Ministério Público do DF, a Defensoria Pública do DF, os Núcleos de Práticas Jurídicas e os advogados envolvidos também estão mobilizados nesse esforço para agilizar os julgamentos.

Um dos julgamentos que mais chamaram a atenção durante o Mutirão foi o caso destacado acima. O jovem conhecido como Duduca foi acusado de matar uma pessoa e tentado matar outras 6 pessoas mediante disparos com arma de fogo. O homicídio desses 6 não se consumou por erro de pontaria, pela fuga realizada pelas vítimas e por ferimento em região não letal.

A ação foi duplamente qualificada, pelo propósito vingativo devido a rivalidade existente entre grupos de jovens de Samambaia e pelo embaraço das vítimas que foram tomadas de surpresa pelo ataque, no momento em que distraídas, conversavam na rua. Teria ocorrido também a subjugação das vítimas, mediante emprego de revólveres e absoluta rendição, ao serem forçadas a deitar no chão, antes do início da agressão física.

Do TJDFT