De acordo com a juíza Débora Roberta Pain Caldas, titular da 2.ª Vara Criminal de Sinop, o objetivo é tratar os efeitos psicológicos da violência no seio familiar. “Especificamente quanto aos agressores, a intenção é transformá-los em agentes multiplicadores do combate à violência à mulher, bem como conscientizá-los para que não voltem a cometer agressões às suas companheiras, filhas ou mães”, observou.
A magistrada acrescenta que pretende mudar a realidade da violência doméstica em Sinop não apenas aplicando a lei, mas tratando de fatores psicológicos que normalmente desencadeiam a agressão. Os atendimentos serão conduzidos por estudantes de psicologia da faculdade, mediante supervisão do coordenador do curso.
As sessões dos grupos psicoterapêuticos serão semanais e realizadas nas dependências da Clínica de Psicologia da Fasipe. A juíza Débora Caldas pode fazer visitas à clínica, realizar reuniões, inspeções, participar de sessões dos grupos e fiscalizar o desenvolvimento do projeto.
Campanha – A Justiça pela Paz em Casa ocorreu entre 9 e 13 de março em todo o País, por iniciativa da ministra Cármen Lúcia, vice-presidente do STF. O objetivo da semana foi priorizar o julgamento de casos de violência doméstica, especialmente aqueles que envolviam homicídio, nas Varas Criminais, nos juizados especializados e nos Tribunais do Júri.
Fonte: CGJ-MT