A ideia de um sistema que permita que dados estatísticos variados do universo do Judiciário sejam extraídos, analisados e comparados de forma frequente foi o mote para a criação do Projeto Business Intelligence, elaborado pela equipe do Tribunal Regional do Trabalho (TRT2) para o evento Maratona PJe. Promovida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a Maratona foi criada para estimular o melhoramento do sistema Processo Judicial Eletrônico, desenvolvido pelo Conselho, em parceria com tribunais e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), para automação do Judiciário.
O grupo que representou a Justiça trabalhista de São Paulo tinha como interesse expandir e aprimorar o acompanhamento dos indicadores de desempenho. Pelo software criado, o grupo formado por cinco servidores do Judiciário paulista recebeu menção honrosa, uma categoria que não existia para essa premiação, mas foi criada para homenagear a equipe de profissionais do tribunal.
Aos poucos as propostas apresentadas na Maratona serão incorporadas ao PJe. Profissionais de tecnologia da informação do CNJ já iniciaram visitas às equipes para discutir a implantação.
Transparência – De acordo com Alexandre Aguena Arakaki, um dos idealizadores do projeto, a plataforma poderia ser acessada diariamente pelas corregedorias, magistrados e servidores autorizados, o que permitiria um acompanhamento mais frequente desses dados, promovendo maior transparência em relação ao desempenho institucional e direcionando o trabalho conforme estabelecido no planejamento estratégico de cada instituição. “Mais do que apenas análises, o aplicativo serviria como uma ferramenta de gestão para o planejamento estratégico, uma vez que o acompanhamento mais amiúde possibilitaria melhor aplicabilidade dos dados”, explica Arakaki, que prevê uma extensa utilização do sistema, inclusive em relação aos indicadores operacionais.
As multiopções de dados que poderiam ser extraídos pelo sistema Business Intelligence permitiriam conhecer detalhes como, por exemplo, a taxa de congestionamento de processos de determinada jurisdição e, até mesmo, unitariamente, de cada magistrado, contribuindo para a elaboração de metas mensais dessas cortes.
Outro ponto positivo do projeto é que esse trabalho não interferiria no ambiente principal do PJe, permitindo análise de informações sem pesar o processamento ou a memória do sistema. Como a proposta é utilizar soluções de software livre, o projeto também não impactaria em custos para a administração.
Além de Arakaki, receberam menção honrosa os servidores Bruno Leonardo Moraes Freitas Gonçalves, Carlos Romel Pereira da Silva, Marcio Vinicius Gimenes Milan e Ramon Chiara.
Regina Bandeira
Agência CNJ de Notícias