Debate sobre justiça restaurativa mobiliza cerca de 100 pessoas na PB

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A 7ª Vara Mista da Comarca de Patos (PB) e a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social do município realizaram, no dia 2 de setembro, a 1ª Jornada Municipal de Justiça Restaurativa. O evento contou com o apoio da Coordenadoria da Infância e da Juventude da comarca, representada pelo juiz Adhailton Lacet Porto. O evento contou com cerca de 100 participantes, entre servidores municipais da assistência social, da educação, do Cras, do Creas e dos conselhos tutelares, além de funcionários do Judiciário e do Ministério Público Estadual, e integrantes das polícias Civil, Militar e Corpo de Bombeiros.

A jornada abordou aspectos teóricos e práticos da justiça restaurativa e dos círculos de construção de paz, a fim de sensibilizar os participantes para o método de solução de conflitos vinculado à difusão da cultura da paz, que pode ser aplicado em diversos espaços de convívio. Os palestrantes foram Adele Nobre Leite, mediadora pela Universidade de Columbia de Nova York, e Hugo Zaher, juiz titular da 7ª Vara Mista de Patos e diretor do fórum. Ambos foram também facilitadores ao lado de Sara Lins, Antonio João Batista, Mikaely Gonçalves e Mara Araújo.

“Os participantes saíram bastante motivados com a demonstração dos círculos restaurativos, buscando, a partir daí, fortalecer o sistema de garantia de direitos e buscar mais capacitações para poder aplicar e perpetuar as metodologias ligadas à justiça restaurativa”, afirmou o juiz Hugo Zaher.

Novo sopro – Kezia Naara, coordenadora do Creas-Patos, ressaltou que o encontro de ciclos de diálogos promovido pela 7ª Vara e a Semudes, além de proporcionar uma nova metodologia de atuação nas diversas demandas que o Creas recebe, trouxe um novo sopro. “Com ele, exercitamos mais ainda a capacidade de escuta do outro, onde nos desnudamos, naquele momento, de algumas amarras que carregamos no nosso dia a dia. Saí de lá mais leve, crédula e esperançosa, entendendo que caminhos de paz ainda são alcançáveis”, destacou.

Psicóloga e professora, Rejane Abílio registrou que a jornada foi de especial importância para os profissionais de educação, por abordar temática inovadora para o desenvolvimento de atividades com grupos em conflito, abrindo possibilidades de resolução de problemas e tomada de consciência. “A metodologia aplicada, alternando a teoria e a prática, tornou o evento um momento agradável de troca de conhecimento e vivências, favorecendo o entendimento do que é a justiça restaurativa e motivando o desejo de realizar, em ambientes diversos, técnicas de facilitação de vivências em grupo”, pontuou.

Fonte: TJPB