O Centro Judiciário de Soluções de Conflitos e Cidadania (Cejusc) iniciou, no último dia 29, a capacitação dos guardas municipais de Ponta Grossa (PR) sobre Justiça Restaurativa. Com duração de dois dias, o curso ocorre no Sindicato dos Metalúrgicos e conta com participação de 20 servidores. O encontro foi organizado pelo Instituto Mundo Melhor (IMM) em parceria com a Secretaria Municipal de Cidadania e Segurança Pública (SMCSP).
A Justiça Restaurativa promove a pacificação em conflitos por meio do diálogo entre vítima, a outra parte e pessoas próximas aos envolvidos. Esta é uma forma inovadora de trabalhar a sociedade em um conceito diferente de Justiça.
Para o comandante da Ronda Municipal (ROMU), Anderson Machado, as práticas restaurativas contribuem para a qualificação das equipes e para a prevenção de delitos maiores. “Durante o curso, pudemos perceber que a Justiça Restaurativa traz uma abordagem diferenciada para a guarda municipal em comparação com outras forças de segurança, pois funciona na resolução dos casos e na prevenção de outros delitos”, finaliza.
“Vamos fazer esses cursos para atender todos os guardas da cidade”, afirma a coordenadora adjunta da Comissão de Justiça Restaurativa do Tribunal de Justiça do Paraná (CJR) em Ponta Grossa, Laryssa Angélica Copack Muniz.
“Esse curso é um início de um processo de mudança de atuar da guarda, que tende a ficar mais próxima da comunidade”, ressalta a juíza.
Segundo a juíza Jurema Gomes, também integrante do CJR, a implantação da Justiça Restaurativa na guarda municipal busca proporcionar um melhor atendimento à sociedade. “A Guarda terá ferramentas novas e mais humanizadas para atender a população, agilizando o atendimento. Há problemas que não precisam ser levados ao delegado ou juiz e podem ser resolvidos entre as partes. Os guardas podem atuar neste sentido”, explica.
Para o secretário municipal de Cidadania e Segurança Pública, Ary Lovato, a parceria com o IMM e a formação são importantes para o órgão. “Essa parceria na formação da guarda municipal, que realiza um policiamento de proximidade com a sociedade, é fundamental”, afirma.
Fonte: TJPR