O Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário (GMF), do Tribunal de Justiça (TJ/AL), iniciou mais uma etapa do cadastro biométrico dos presos de Alagoas, nesta segunda-feira (12), no Núcleo Ressocializador da Capital. Os trabalhos devem continuar até quinta-feira, com o apoio dos funcionários da unidade.
No Núcleo, há atualmente 138 presos. O objetivo maior é cadastrar as impressões de digitais dos mais de 4.500 presos do Sistema Prisional alagoano. De acordo com o desembargador Celyrio Adamastor Tenório Accioly, supervisor do GMF, a princípio os dados estarão disponíveis para o Tribunal, por meio do Sistema de Automação da Justiça, e para o Banco Nacional de Monitoramento de Prisões. Depois, todos os órgãos de segurança pública terão acesso.
“Carecemos dessa biometria para que possamos ter nos nossos arquivos todo o acervo daqueles que por aqui passam e passarão. Será muito útil porque numa investigação a posteriori, nós teremos como identificar o cidadão, saber a verdade”, disse Celyrio Adamastor, referindo-se a infratores que se apresentam com identidade falsa perante a Justiça.
O desembargador informou que em breve também será implantada estrutura para o cadastro biométrico durante as audiências de custódia, conforme recomenda o Conselho Nacional de Justiça.
Na oportunidade, Celyrio Adamastor ainda ressaltou que o Núcleo Ressocializador da Capital é uma referência em Alagoas e no Brasil, pela tranquilidade da convivência entre os presos. “Devemos divulgar a necessidade de darmos a eles um trabalho externo, precisamos depositar confiança neles e reintegrá-los”, acrescentou.
O cadastramento biométrico foi iniciado no presídio feminino Santa Luzia, em 12 de janeiro.
Fonte: TJAL