Impasse em uma ação de inventário que se arrastava há duas décadas, acabou resolvido, em Sapiranga (RS), com a ajuda da mediação. Os herdeiros travavam uma batalha pela partilha, por meio de impugnações e discordâncias na divisão de numerários. O acordo entre as partes foi comemorado pelos membros do Centro de Conciliação e Solução de Conflitos (Cejusc), que não tem 2 anos de instalação.
Foram duas sessões de mediação, com cerca de 2 horas de duração, cada. Após conhecerem os objetivos e técnicas da mediação, as partes aceitaram participar e concordaram que seria uma forma saudável de resolver o conflito. “Acredito que o resultado obtido vem confirmar que o caminho da autocomposição é realmente positivo e muito ainda há de ser conquistado através do diálogo e da construção da paz”, observou a mediadora Marciana Bernardes da Silva, que atuou no caso. “Foi muito gratificante ter alcançado o sucesso nesta mediação, a sensação de gratidão dos mediandos foi ótima”, acrescentou o mediador Dílson Alberto Breier.
O acordo foi realizado no dia 28 de março e homologado pela a juíza coordenadora do Cejusc, Káren Rick Danilevicz Bertoncello. “A estrutura de trabalho do Cejusc ainda é incipiente, pois não contamos com servidores ou estagiários. Nosso quadro de mediadores e conciliadores se divide entre servidores do Poder Judiciário e voluntários. A dedicação desta equipe tem conquistado uma efetiva mudança de cultura, privilegiando a pacificação social”, afirmou a juíza.
O advogado Paulo Arthur Duprat, que representou a inventariante e uma herdeira, considerou o desfecho positivo. “Foi interessante. Finalmente, encerrou as questões que travavam o andamento do processo, colocando as partes frente a frente, esclarecendo dúvidas e aparando arestas.”
O Cejusc da comarca foi instalado em 09 de junho de 2014 e, desde então, atende a demanda processual e pré-processual. Desde março, passaram a ser realizadas também mediações em processos de família.
Fonte: TJRS