Avança implantação do Plano de Logística Sustentável

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O Plano de Logística Sustentável (PLS), em fase de implantação, é mais um passo do Poder Judiciário gaúcho na consolidação da política de gestão ambiental já existente na Corte. Mais do que redução de despesas e fonte de receita orçamentária própria, as medidas propostas pelo documento visam à eficiência da aplicação de recursos e o uso consciente de materiais. No dia 18 de agosto, o PLS passou por uma nova fase: foi aprovado pelo Conselho da Magistratura do TJRS (COMAG). A próxima etapa será a apreciação pelo Órgão Especial do Tribunal.

O PLS consiste em sistematizar as práticas de sustentabilidade no âmbito do Poder Judiciário gaúcho, estabelecendo condições para o planejamento continuado da responsabilidade socioambiental. Para tanto, há definição de metas e ações, bem como mecanismos de monitoramento e avaliação dos indicadores com periodicidade definida.

Elaborado pela Comissão Gestora do PLS e apresentado à Presidência do TJRS na semana passada pelas Juízas Coordenadoras do Sistema de Gestão Ambiental do Tribunal, Cíntia Teresinha Burhalde Mua e Patrícia Antunes Laydner, o PLS passará a integrar o Planejamento Estratégico da Corte.

Responsabilidade socioambiental
Desde a implementação do Sistema de Gestão Ambiental (Jus-SGA), em 2008, o Tribunal de Justiça vem adotando oficialmente políticas de consumo sustentável e gestão de resíduos, estas voltadas à separação do lixo, encaminhamento de para reciclagem e destinação adequada de resíduos perigosos.

Dentro dessa política, por meio do ECOJUS (Programa de Educação e Proteção Ambiental e de Responsabilidade Social do TJRS) foram alcançados avanços significativos, inclusive no tocante à destinação de resíduos perigosos, como as lâmpadas fluorescentes, que hoje são objeto de recolhimento pelos fornecedores e fabricantes graças à inclusão de sistema de logística reversa nos contratos de aquisição, inclusive com exigência de descarte ambientalmente adequado.

O PLS está baseado em informações colhidas no diagnóstico ambiental e no plano de resíduos sólidos do TJRS, lançados no primeiro semestre deste ano, além de informações prestadas por departamentos específicos e dados advindos do Sistema de Gerenciamento Matricial de Despesas (GMD) e de ferramenta gerencial (ERP-THEMA).

A realização do diagnóstico permitiu ao ECOJUS identificar algumas dificuldades enfrentadas pelas unidades no tocante à adesão às políticas ambientais propostas pela Instituição, podendo ser citadas: a falta de interesse demonstrada por alguns setores, a ausência de coleta seletiva em algumas cidades, a ausência de observação das diretrizes ambientais traçadas, a inexistência de padronização no descarte e o despreparo das equipes terceirizadas.

Ferramentas gerenciais
O PLS traz uma ferramenta gerencial inédita e específica para a área, o Gerenciamento Matricial Ambiental, que propicia a análise qualitativa do consumo entre unidades de porte semelhante.

Os indicadores do GMA não serão mensurados em moeda corrente nacional (R$), mas em unidades relativas ao consumo (kw/h – energia, m³ – água, resmas – papel, cartucho ¿ toner). Em relação ao consumo de combustível e transporte de veículos, por se tratar de um consumo setorizado específico, que envolve poucos departamentos, a sistemática de controle adotada foi outra. Ao sistema de controle de combustível que já vinha sendo utilizado (ECOFROTAS) propõe-se a agregação do uso do sistema Thema, permitindo o cruzamento de dados referentes a abastecimento e manutenção.

O GMA propõe a aferição do padrão de consumo entre comarcas similares, em termos estruturais, quantitativo aproximado de força de trabalho e fluxo de usuários das instalações forenses. O aplicativo também demonstra os consumos equivalentes discriminados em água, energia, material de expediente e toner, bem como material de higiene (toalha e papel), para visualização comparativa.

Indicadores
Os indicadores básicos constituem ferramenta de avaliação do desempenho ambiental, prevista na Resolução nº 201 do Conselho Nacional de Justiça. Alguns destes indicadores foram adaptados à realidade do Poder Judiciário gaúcho, assim como foram criados outros considerados necessários ao efetivo controle das medidas de sustentabilidade propostas.

  • Papel = quantidade de resmas
  • Toner = cartucho
  • Energia elétrica = kwh consumido
  • Água = quantidade em m³

Curso
A capacitação ambiental de magistrados e servidores também está prevista no PLS. Atualmente, está em andamento Curso EAD (Ensino a Distância) em Gestão Ambiental do TJRS, que oferece meios efetivos para que cada aluno compreenda os fenômenos naturais. Realizado por meio da plataforma NAVI/PJRS, e com conteúdos ambientais básicos, o curso ajuda o aluno a perceber a correlação dos fatos e a ter uma visão integral do mundo em que vive.

Conheça algumas metas do PLS

  • Diminuir em 5% o consumo de papel
    Ações: Incremento do processo eletrônico, campanhas institucionais, adoção da ecofont, Premiação Selo Verde.
  • Diminuir em 5% o uso de toner e material de impressão
    Ações: incremento do processo eletrônico, malote digital, campanhas institucionais.
  • Diminuir em 3% o consumo de material de escritório
    Ações: Reaproveitamento de material, campanhas, aumento do rigor do atendimento dos pedidos.
  • Diminuir em 4% o consumo de energia elétrica
    Ações: Campanhas de conscientização, substituição das lâmpadas para LED, divulgação das boas práticas.
  • Reduzir em 4% o consumo de água
    Ações: Campanhas de conscientização, otimização dos recursos hídricos das caixas d’água, reaproveitamento de águas, prevenção de vazamentos, medidor individual para as obras.
  • Reduzir em 3% o m² gasto com reformas das unidades
    Ações: Gerenciamento dos resíduos da construção civil, investimento em manutenção preventiva, medidores de água individualizados.

Fonte: TJRS