Ceará inova com Rádio Livre em unidades prisionais

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A Secretaria de Justiça e Cidadania do Estado do Ceará está executando um projeto inovador nas unidades penitenciárias do estado. É o Rádio Livre, que consiste em uma emissora de rádio ligada às unidades penitenciárias, com o intuito de colaborar no processo de reintegração dos apenados e auxiliar os programas da pasta nas áreas de educação, saúde, cultura e direitos humanos.

O estúdio funciona na sede da Secretaria. Por meio de um sinal enviado pela internet, a programação do Rádio Livre chega simultaneamente às cinco unidades que já possuem estrutura de sonorização, com caixas de som instaladas em vivências e corredores. Cerca de quatro mil presos escutam um conteúdo bem diversificado. Em algumas unidades, a radiadora também é disponibilizada à direção para apoio nas ações de disciplina, recados, participação dos familiares e avisos de atividades. A rádio funciona das 8 às 17 horas, de segunda à sexta-feira.

A secretária da Justiça e Cidadania do Ceará, Mariana Lobo, defende que “o projeto se destaca por apostar na capacitação e reintegração social dos internos por meio da informação, educação e promoção dos direitos humanos, do combate a todos os tipos de discriminação e por promover cultura de paz dentro do ambiente carcerário”.

“Os presos participam bastante. Eles mandam perguntas para os entrevistados, pedem músicas, tornam a programação da rádio bem mais interessante”, diz o coordenador do Rádio Livre, jornalista Felipe Sampaio. A programação da rádio conta com a participação de defensores públicos, médicos, jornalistas e outros profissionais que contribuem de acordo com a temática do programa veiculado. Egressos do regime semiaberto também participam da produção dos programas.

Ampliação – Atualmente, a radiadora funciona nas seguintes unidades penitenciárias da Região Metropolitana de Fortaleza: as Casas de Privação Provisória de Liberdade II, III e de Caucaia; Penitenciária Francisco Hélio Viana de Araújo (Pacatuba); e Instituto Penal Feminino Desembargadora Auri Moura Costa (IPF). A ampliação do projeto prevê a inclusão da CPPL IV e do Instituto Penal Professor Olavo Oliveira II.

Waleiska Fernandes
Agência CNJ de Notícias