CNJ inicia treinamento para conciliadores no TJ/SE

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O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) deu início nesta terça-feira (22/05) ao curso para capacitação de multiplicadores de conciliação em Aracaju (SE), com a participação de 45 moderadores do Direito da Região Nordeste. A abertura dos trabalhos foi feita pelo Presidente do Tribunal de Justiça de Sergipe, Desembargador Artêmio Barreto, no auditório da Escola Superior da Magistratura do Estado de Sergipe (Esmese).

 

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) deu início nesta terça-feira (22/05) ao curso para capacitação de multiplicadores de conciliação em Aracaju (SE), com a participação de 45 moderadores do Direito da Região Nordeste. A abertura dos trabalhos foi feita pelo Presidente do Tribunal de Justiça de Sergipe, Desembargador Artêmio Barreto, no auditório da Escola Superior da Magistratura do Estado de Sergipe (Esmese).

"A palavra conciliação traz um alento enorme. Durante muitos anos, os brasileiros não foram incentivados a desenvolver a conciliação, um método eficaz, especialmente se aplicado no Direito de Família", disse Barreto na abertura do evento.

Na primeira fase do treinamento foram mostradas técnicas autocompositivas e transmitidos conhecimentos pedagógicos para que o curso seja multiplicado em cada Estado. O curso, ministrados pelos professores André Gomma e Roberto Bacellar, vai até quinta-feira (24/05).

Segundo Gomma, a idéia principal da Conciliação é trabalhar o conflito como característica natural da sociedade, que pode ser bem ou mal trabalhado. "Sendo bem desenvolvido, o conflito pode gerar satisfação das partes e o entendimento desejado", disse. Também esteve presente ao treinamento Justino Teles, Desembargador do TJ da Bahia, onde já existe um Núcleo de Conciliação de 2º Grau.

No início da tarde, foram abordados temas como Teoria dos Jogos e Teoria do Conflito. O palestrante Roberto Bacellar falou sobre a construção de obstáculos na relação do Judiciário com a sociedade. Aspectos como alto custo, demora, formalismo, linguagem, excesso de recursos, atendimento ao público e ineficácia das decisões são, segundo Bacellar, aspectos que afastam o Judiciário da sociedade.

De acordo com Bacellar, no trabalho de conciliação é fundamental o cidadão se sentir acolhido pelo Poder Judiciário. "Nesta relação, os juizados especiais deram um passo importante, porque se tornaram uma porta aberta ao cidadão na busca por uma solução mais rápida para o conflito.  Além de ser onde a conciliação ocorre com mais intensidade, uma vez que o princípio maior dos juizados é a participação social", relatou.