O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) realizou, entre os dias 25 e 29 de março, uma capacitação de Desenvolvedores do Processo Judicial eletrônico (PJe) 2.1, que apresentou a nova arquitetura, funcionalidades e recursos da ferramenta que proporciona a tramitação eletrônica de processos. O curso contou com a participação de 20 desenvolvedores de tribunais dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Pará, Espírito Santo, Rio Grande do Norte e Mato Grosso. Além de apresentar a nova plataforma, o curso preparou o servidor para que ele auxilie o CNJ na produção de novas soluções e no atendimento de demandas internas do tribunal em que ele atua.
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De acordo com o chefe da seção de Arquitetura e de Padrões do PJe, Rodrigo Santos Menezes Silva, a versão 2.1 do PJe é uma reformulação arquitetural que proporciona novas soluções e agrega novas tecnologias ao projeto. “Estamos, por exemplo, incorporando computação em nuvem para obtenção de ganhos de qualidade e velocidade. Os participantes funcionarão como apoio ao CNJ nos tribunais, podendo contribuir no desenvolvimento de novas soluções”, ressalta. Segundo ele, muitas vezes são criadas solução internas nas cortes e, com a nova versão do PJe, elas poderão ser incorporadas à plataforma e compartilhadas com outros tribunais.
Em maio, estão programados mais dois treinamentos. O primeiro será realizado no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) e o segundo no próprio CNJ, em Brasília. Cada curso tem a participação de 20 desenvolvedores que são preparados para conhecer e multiplicar as novas funcionalidades da arquitetura do PJE 2.1; executar tarefas de sustentação do PJE na nova versão; efetuar correções e melhorias de funcionalidades; multiplicar o conhecimento adquirido; e dar segurança às equipes técnicas em sustentar o PJE 2.1.
O PJe 2.1 já está em operação nos tribunais de Justiça de Rondônia e do Distrito Federal e dos Territórios. As cortes de Minas Gerais, Ceará e o Tribunal Regional Federal da 5ª Região estão em fase de testes para homologação da versão. Menezes informa que vários outros tribunais já manifestaram o interesse em adotar o PJe 2.1. “Nós esperamos, e uma das possibilidades da versão 2.1, inclusive, é que as próprias características do sistema incentivem os tribunais a migrarem mais e mais rápido para nova versão”, destaca.
A versão 2.1 do PJe se caracteriza pela agregação de novas tecnologias e arquitetura diferenciada, além de estabelecer novos paradigmas para o desenvolvimento do sistema. A plataforma apresenta conceitos de engenharia de software mais atuais, que estimulem a produção de código modularizado e torna o processo de desenvolvimento mais dinâmico, flexível, distributivo e, principalmente, menos suscetível a erros.
Jeferson Melo
Agência CNJ de Notícias