Conciliação: curso forma 150 alunos por iniciativa da Justiça cearense

Compartilhe

A etapa presencial do Curso de Formação de Mediadores e Conciliadores do Judiciário estadual concluída na última semana, na Escola Superior da Magistratura do Ceará (Esmec), envolveu 150 pessoas em curso promovido pelo Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec) do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE).

O Nupemec dividiu o grupo em três turmas e escalou 12 instrutores credenciados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Participam do curso servidores da Justiça, do Ministério Público, membros da Defensoria e advogados, além de estudantes e graduados das mais diversas áreas. Willma Clécia decidiu fazer o curso para aprimorar a atuação na área de enfermagem. “Na minha prática como coordenadora de enfermagem é preciso mediar alguns conflitos com pacientes e funcionários, e a mediação está intrínseca no dia a dia do trabalho”, afirmou.

Para a advogada Isabel Sousa, a conciliação contribui para a pacificação social. “Vivemos num estado de muita violência. Acredito que a cultura do diálogo, da paz e da solução consensual dos conflitos contribui para a efetivação do acesso à Justiça e ajuda na construção de uma sociedade mais segura e mais pacífica”.

Segundo Mariana Mont’Alverne, assistente do Nupemec, mais de 350 profissionais já concluíram o curso de formação de conciliadores e mediadores, realizado pelo Judiciário estadual desde 2012. Além disso, cerca de mil pessoas estão cursando alguma das três etapas, que se dividem em: aulas teóricas a distância (40h/a), aulas teórico-presenciais (20h/a) e estágio supervisionado (60h/a), perfazendo um total de 120 horas.

O aprovados passam a integrar cadastro do TJCE e poderão atuar como mediadores e conciliadores no Centros Judiciários de Solução de Conflitos (Cejuscs), em varas ou nos juizados.

O juiz Jorge Parente, coordenador do Nupemec, ressalta a importância do curso: “O novo Código de Processo Civil estabelece a realização de audiências de conciliação ou mediação em caráter obrigatório nos processos judiciais. Esses alunos vêm justamente reforçar a estrutura dos Cejuscs, que agora contam com mão de obra apta a realizar esse tipo de trabalho.”

Fonte: TJCE