Conselho encerra período de capacitação do PJe voltado a tribunais

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O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) encerrou, na última sexta-feira, mais um ciclo de capacitação de tribunais para atuação no Processo Judicial Eletrônico (PJe). Cerca de 30 profissionais de tecnologia da informação foram enviados a Brasília para estudar requisitos de infraestrutura, essenciais para o bom funcionamento do sistema. Há duas semanas, outro grupo foi capacitado na área de fluxo interno do PJe. 

Instrutor do curso de infraestrutura, o chefe da Gestão Negocial do PJe, Marcelo Campos, avalia que o diálogo é fundamental, uma vez que cada tribunal trabalha com ferramentas próprias dentro de um sistema único. “Fizemos troca de experiências muito grande entre os tribunais que já usam o PJe e os que estão começando. Discutimos as melhores práticas de banco de dados, de servidor de aplicação e o que podemos monitorar para dar um bom atendimento do usuário final”, diz.  

Segundo Campos, o CNJ propõe que o conhecimento seja repassado a todos os níveis de serviços em TI dos tribunais, para que os questionamentos sejam resolvidos antes de se tornarem problemas. “Geralmente, quando a dificuldade chega ao CNJ, já virou uma questão institucional. Queremos mitigar isso, fazendo um melhor atendimento para a questão ser resolvida na ponta”, conclui. 

Feedback – Mais uma vez, o curso reuniu cortes com experiências diversificadas no PJe. É o caso do Tribunal de Justiça do Estado de Roraima, que instalou o sistema há três anos, mas só começou a expandi-lo em janeiro de 2015.  “Esse curso foi muito importante, pois tínhamos estrutura muito aquém do necessário para suportar o PJe, e ao conhecermos as boas práticas, vamos conseguir suportar todas as demandas”, avalia Kleber Lyra, representante do tribunal. 

O Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Norte implanta o PJe de forma gradual desde 2013 e planeja novas expansões em 2015. De acordo com o técnico Clécio Ferreira, as infraestruturas diversas de cada tribunal ajudam a pensar em possíveis cenários e soluções.  “Com essas informações também conseguimos mais autonomia. Não precisamos mais atrasar prazos porque não tínhamos conhecimento que depende do CNJ, pois isso foi passado aqui e agora vamos replicar lá”, avalia. 

Um dos usuários mais antigos do PJe, o Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba era uma das principais vozes que pediam a realização do curso. “É muito importante essa comunicação interativa entre os tribunais, e entendo que são necessárias novas capacitações para avançarmos no conhecimento e termos resultados mais consistentes quanto à disponibilidade do sistema”, avalia o técnico João Matos.  

Débora Zampier 
Agência CNJ de Notícias